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Mãe relata que bebê ficava presa com “camisa de força” em escola de SP

Imagens de vídeos divulgados nas redes sociais mostram crianças amarradas com lençóis em bebês conforto. Pais denunciaram instituição

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Crianças sofrem maus-tratos em SP
1 de 1 Crianças sofrem maus-tratos em SP - Foto: Reprodução/Redes sociais

São Paulo – A  Polícia Civil investiga uma escola particular, situada na zona leste da capital paulista, por suspeita de maus-tratos contra alunos. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram crianças chorando e com os braços presos em panos.

A escola investigada atende crianças entre 1 e 6 anos, ou seja, do berçário ao Jardim 2. De acordo com a polícia, a escola já havia sido investigada por maus-tratos a um aluno há cerca de dois anos. Em 2010, uma aluna morreu em um hospital após passar mal dentro da unidade.

Veja o vídeo:

Traumas e sequelas

Uma mulher, que identificou o filho de quase 2 anos nas imagens, prestou depoimento à polícia e afirmou que o filho está traumatizado. “Identifiquei meu filho em dois vídeos. No primeiro, ele estava em um banheiro com mais quatro crianças amarradas, e, no segundo, estava chorando com mais três bebês em uma sala no escuro”, disse ela ao portal G1.

De acordo com a mãe do aluno, o filho vem apresentando comportamentos diferentes em razão da situação e do trauma sofrido. “Vem apresentando um nervosismo intenso, dificuldade para dormir, ele chora quando vamos colocar ele na cadeirinha do carro, sabe. Nós achávamos que era de desenvolvimento dele, mas hoje, com todas essas informações, sabemos que é devido à forma que ele era tratado. Ele estudava lá desde os 11 meses”, declarou.

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Relatos apontam que crianças sofriam diversos tipos de maus-tratos
Crianças sofrem maus-tratos em escola de São Paulo
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Escola infantil de São Paulo amarrava crianças em lençóis, como se fossem camisas de força

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Relatos apontam que crianças sofriam diversos tipos de maus-tratos

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Crianças sofrem maus-tratos em escola de São Paulo

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Uma outra mãe, de uma menina de 1 ano e 4 meses, falou sobre castigos. “Algumas professoras informaram que as crianças passavam o dia todo de castigo na sala dela [da diretora]” e que ” as crianças que estavam fazendo desfralde ficavam trancadas no banheiro por horas”.

Conforme o relato da mãe da criança, a filha passava horas sem comer. “Minha filha ficava sem comer. As crianças choravam muito e eram amarradas no bebê conforto com um lençol, como se fosse uma ‘camisa de força’, e eles eram deixados trancados dentro do banheiro”.

“Acordar para a vida”

“As professoras falaram que não sabiam o que acontecia lá dentro, mas ouviam os gritos dele chorando muito e ela [diretora] gritando, mandando ele calar a boca”, disse uma outra mãe, que tem um filho de 2 anos na instituição. Segundo ela, a criança voltava chorando para casa depois de ficar na escola.

De acordo com o relato da mulher, ela ouviu de uma professora que “a diretora jogou um copo de água gelada na cara dele [do seu filho] e mandou ele acordar para a vida.”

Investigação

As denúncias chegaram na Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco) da 8ª Delegacia Seccional há pelo menos duas semanas. A polícia ainda tenta descobrir o autor dos vídeos e, até o momento, ninguém foi responsabilizado pelos crimes.

Os portões da escola Colmeia Mágica foram cobertos com tinta escura nessa segunda-feira (15/3) . Antes haviam sido pichados com mensagens como “crime”, “neonasistas [sic]”, “desumano”, “mals-tratos [sic]”, “Justiça”, “lixo”, “demônio”, “Deus ta vendo [sic]”.

A dona do estabelecimento, alguns professores e funcionários da Colmeia Mágica já prestaram depoimentos na polícia. Pais de alunos também foram chamados pelos agentes para prestarem esclarecimentos na delegacia. Eles acusaram a diretora como responsável pelos maus-tratos.

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