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Mãe perde a guarda da filha após a adolescente se juntar ao candomblé

Segundo a mulher, uma denúncia teria sido feita pela avó da menina, que é evangélica, ao Conselho Tutelar

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Candomble / IEMANJÁ / SALVADOR (BA)
1 de 1 Candomble / IEMANJÁ / SALVADOR (BA) - Foto: iStock

Uma mãe solo perdeu a guarda da filha de 12 anos após a jovem passar por ritual de iniciação no candomblé, onde raspou a cabeça por completo, no interior de São Paulo. As informações são do Uol.

Quem moveu a ação foi o Conselho Tutelar da cidade devido a denúncias de maus-tratos e abuso sexual. Um dos relatos foi feito pela avó da menina, evangélica. Para a defesa da mãe, trata-se de um caso de intolerância religiosa.

No fim de julho, o conselho foi alertado anonimamente de que a adolescente sofria nas mãos da mulher. Policiais e conselheiros foram até o terreiro onde elas moram, mas a menina negou qualquer tipo de abuso. Ela havia raspado a cabeça por conta de um ritual.

Ambas foram levadas à delegacia e só foram liberadas após a menina ter sido submetida a um exame de corpo de delito Instituto Médico Legal, que não encontrou nenhum tipo de hematoma ou lesão. Em depoimento, a adolescente disse que raspar o cabelo foi um gesto para se tornar filha de Iemanjá.

Nos rituais da religião, o fiel fica 21 dias recluso no terreiro com banhos de ervas e exposto a fundamentos da religião. Mesmo sem os indícios de abuso, os familiares alegaram que a menina estava sendo mantida à força no terreiro e sob condições abusivas. A guarda foi repassada para a avó materna, que fez a denúncia. Mãe e filha só podem conversar por celular e se ver em visitas curtas.

Frequentadora do candomblé há 10 anos, a mulher disse que nunca sofreu discriminação. “O pior de tudo é que em nenhum momento ouviram minha filha ou a mim. Simplesmente a tiraram de mim. Eu nunca a obriguei a nada, esse sempre foi o sonho dela. Ela chora a todo momento”, conta.

“Eu estou arrasada. Já estava antes por conta do preconceito. Agora que tiraram minha filha de mim, tiraram o meu chão. Nunca imaginei passar por isso por conta de religião. Eu estava presente o tempo inteiro, acompanhei tudo, nada de ilegal foi feito, que constrangesse a ela, ou que ela não quisesse, sem consentimento dela, ou sem o pai ou a mãe”, afirma.

O caso segue em segredo de Justiça. A mãe pediu a guarda da filha e espera pelo agendamento de uma audiência em que será ouvida pelo juiz, mas que ainda não tem data para ocorrer.

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