Mãe do menino Henry, Monique Medeiros deixa a cadeia no Rio
Monique foi hostilizada ao deixar o presídio e ouviu gritos de “assassina”. Ela responderá pelo crime em liberdade após decisão do STJ
atualizado
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Rio de Janeiro – Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, que responde a um processo por tortura e homicídio da criança, deixou, na tarde desta segunda-feira (29/8), o Instituto Penal Santo Expedito, em Bangu, na zona oeste do Rio.
Ela deixou o local por volta das 16h05 e foi hostilizada por algumas pessoas, que gritaram “assassina” e bateram no carro em que estava. A mãe de Henry, que retornou à cadeia em junho deste ano, deixou a unidade prisional acompanhada de sua mãe, Rosângela Costa e Silva, e de seus advogados.
Na última sexta-feira, dia 26, Monique teve a prisão preventiva revogada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A decisão foi do ministro João Otávio de Noronha, que entendeu que há ausência de “fundamentos idôneos e suficientes que justifiquem a manutenção da custódia cautelar da paciente”.
Em abril, Monique teve a prisão preventiva substituída pelo monitoramento eletrônico por decisão da juíza Elizabeth Machado Louro, do II Tribunal do Júri, em razão de supostas ameaças recebidas no presídio. No entanto, um pedido feito pelo Ministério Público, para que ela retornasse ao sistema carcerário, foi deferido pela 7ª Câmara Criminal meses depois.
Em nota ao Metrópoles, a defesa de Monique afirmou que a liberdade da professora “é um exemplo do seu comprometimento [Poder Judiciário] com a Constituição Federal”. Ainda de acordo com os advogados, o “trabalho técnico, teórico e respeitoso é a base estrutural de toda atuação defensiva”.