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Mãe diz que filho morreu ao levar soco de médico em hospital do Rio

Richard Ferreira da Cruz, de 20 anos, teria sido agredido por um médico com um soco. Hospital afirma que jovem atacou médico

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Foto colorida de Richard Ferreira, de 20 anos - Metrópoles
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Alessandra Ferreira da Silva, mãe de Richard Ferreira da Cruz, 20 anos, afirma que o filho morreu “assassinado” dentro do Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

De acordo com ela, as agressões de um médico causaram a morte de Richard. As informações são do g1. O jovem deu entrada no hospital no sábado à noite (10/8), com um ferimento de faca no pescoço, que, segundo a mãe, ocorreu após Richard ser vítima de um assalto.

No início da madrugada de domingo (11/8), Alessandra conta que recebeu uma ligação do hospital informando que o filho estava muito agitado. Ela disse que foi ao local e explicou para a equipe do plantão que o filho sofria de depressão e bipolaridade. A mãe contou, ainda, que pediu que o filho fosse sedado. Entretanto, segundo ela, Richard levantou da cama e disse que iria embora.

Em depoimento à polícia, a mulher relatou que que uma enfermeira deu uma advertência a Richard, dizendo que ele precisava ficar deitado. Em seguida, segundo a mãe, um médico, de forma agressiva, gritou com o filho, dizendo que ele não podia se comportar daquela maneira.

De acordo com Alessandra, o filho foi em direção do médico, que o teria agredido com chutes e socos, reabrindo a ferida causada pela facada. “Começou a dar golpes e pegou o meu filho duas vezes (…) Um deles [um soco] pegou e acertou em cheio a veia”, disse. Richard teria começado a sangrar e, então, foi levado para a sala vermelha.

Depois de ser retirada da sala, Alessandra foi para a delegacia registrar a agressão. Quando voltou para o hospital, algumas horas depois, foi informada de que o filho estava morto. “Ele já estava estabilizado. Essas agressões todas foram a causa da morte do meu filho”, acusa a mãe.

Em nota, o hospital alega que Richard estava “agitado” e “agressivo ” e teria atacado os profissionais de saúde, que precisaram adotar “medidas de proteção para contê-lo”. “Devido ao intenso sangramento, o paciente não resistiu e, infelizmente, veio a óbito”, informa o texto.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, ferimentos prévios por uma “arma branca” causaram a morte do jovem. A identidade do médico não foi divulgada. Leia o posicionamento na íntegra:

“A direção do Hospital Municipal Lourenço Jorge (HMLJ) esclarece que, na noite deste sábado (10), por volta das 21h30, o paciente deu entrada na unidade trazido pelo Corpo de Bombeiros após sofrer lesão por arma branca com sangramento intenso.

É importante destacar que o paciente se apresentava agitado e agressivo e, conforme o relato da equipe de plantão, ele atacou os profissionais de saúde, que precisaram adotar medidas de proteção até conseguir contê-lo e encaminhá-lo à sala vermelha. Devido ao intenso sangramento, o paciente não resistiu e, infelizmente, veio a óbito.

Por se tratar de caso de violência — ferimento por arma branca, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), e a situação foi comunicada à polícia para investigação.”

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