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Mãe denuncia que PM matou filha de 6 anos ao reagir a assalto

O caso aconteceu em Teresina, no Piauí, após um policial militar reagir a um assalto e atirar acidentalmente na criança

atualizado

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Menina de 6 anos assassinada por um policial militar - Metrópoles
1 de 1 Menina de 6 anos assassinada por um policial militar - Metrópoles - Foto: Reprodução/Instagram

Débora Vitória, de 6 anos, morreu baleada, na última sexta-feira (11/11), em Teresina, capital do Piauí. Em entrevista à TV Clube, afiliada da Rede Globo no estado, a mãe da menina, Dayane Gomes, chorou ao relembrar os últimos momentos com a filha assassinada por um policial militar que reagiu a uma tentativa de assalto.

“Por que ele reagiu por causa de um celular? Podia não ter reagido, eu dava moto, celular, eu dava tudo para ter a minha filha aqui comigo agora, eu dava minha vida”, lamentou Dayane.

Segundo a mãe da criança, um homem anunciou um assalto contra Dayane e Débora quando elas saíam de casa. Nesse momento, um PM que bebia em um bar próximo ao local reagiu e acertou um tiro na menina.

Dayane relata que o assaltante teria mostrado uma arma na cintura para ela, mas não apontou o revólver ao anunciar o assalto e exigir o celular das vítimas. Ao entregar o aparelho para o homem, a mãe de Débora avistou o policial correndo com a arma em punho.

“Todo dia ele está sentado ali bebendo. Ele veio correndo com a arma na mão, e ele [assaltante] falou: ‘Vai atirar? Vai atirar?’. Quando ele [policial] deu o primeiro tiro, eu já senti que pegou na minha filha, ela caiu assim [de lado]. O bandido nem tinha tirado a arma”, reclamou Dayane.

Após a reação do policial, o assaltante pegou a arma e disparou, atingindo a coxa de Dayane.

Mãe e filha foram encaminhadas para o Hospital de Urgência de Teresina. Entretanto, a menina não resistiu e morreu na unidade de saúde. A mãe foi atendida e, logo depois, liberada pelos médicos.

Velório de Débora Vitória

O velório de Débora Vitória ocorreu no último sábado (12/11) na casa da família e contou com a presença de familiares e amigos da vítima.

Com grande comoção, familiares realizaram um cortejo até o cemitério do bairro Areias, zona sul da capital piauiense, para prestar as últimas homenagens à menina.

Investigações

As investigações do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) indicavam, inicialmente, que o tiro que matou Débora tinha sido disparado pelo assaltante. A polícia chegou a prender dois suspeitos de terem assassinado a criança.

Contudo, após relato da mãe da criança nas redes sociais, nesse domingo (13/11), os investigadores intimaram o policial militar para depor, mas ele ainda não compareceu à unidade policial.

“Ele veio de lá, e eu pedi pra não atirar, que o bandido não ia atirar. Ele atirou, e o primeiro tiro foi da arma dele, do policial, e, imediatamente, atingiu a minha filha. O primeiro tiro foi dele, veio dele. Foi ele quem matou a minha filha. Ele estava bebendo na porta, e ele que veio de lá para querer se amostrar, para dizer que era policial, que tava armado, foi ele que atirou na minha filha”, denunciou Dayane Gomes em sua conta no Instagram.

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