Mãe de menina de 1 ano morta pelo padrasto está grávida do assassino
Caso chocou Pindamonhangaba, no interior de São Paulo. Homem está preso e mulher está em local não divulgado
atualizado
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Pindamonhangaba (SP) – Mãe da menina de 1 ano e 3 meses morta e decapitada pelo próprio padrasto, a desempregada Adriana Barbosa vive outro drama nesse caso que chocou o interior de São Paulo nesta semana: está grávida do assassino, preso em Taubaté, em isolamento. Segundo a polícia, a gestação tem entre 6 e 8 meses.
A casa onde a família vivia, em um bairro humilde da cidade de 170 mil habitantes a 150 km da capital paulista, foi incendiada por vizinhos indignados na última quarta-feira (14/10), quando Diogo da Silva confessou o crime hediondo após ser confrontado pela polícia com contradições em seu depoimento.
O homem, que tem um condenação por tráfico de drogas, mas nenhuma passagem pela polícia por violência doméstica, havia registrado ocorrência policial na noite de terça (13/10) denunciando o sequestro da menina Maria Clara.
A notícia mobilizou a cidade para encontrar a criança, em um movimento que deixou claras as contradições: testemunhas viram Adriano levando a menina de bicicleta para a zona rural da cidade e ele havia dito que o sequestro teria acontecido no centro.
“Quem viu disse que a bebê estava feliz, batendo palminha na cadeirinha da bicicleta quando ele estava levando para matar”, conta, revoltada, Priscila de Oliveira Barbosa, prima do pai biológico da vítima.
Segundo a delegada Renata Costilhas, responsável pelo caso, Adriana disse em depoimento que o homem com quem vivia jamais foi violento com ela ou com as crianças.
“Ela relata que eles viviam juntos há aproximadamente um ano e nunca ele tinha apresentado nenhuma agressividade com a criança ou com qualquer outro filho, porque a mãe tem três da outra relação”, conta. “Ela diz também que viviam bem, tinham vida tranquila, apesar de estarem desempregados e tendo como única renda o Auxílio Emergencial do governo”.
Outro drama que Adriana vive é a desconfiança da comunidade onde vivia. Ela, segundo a delegada, está em local desconhecido com familiares. Na vizinhança, a mulher recebeu até ameaças de morte e muitos acreditam que ela tenha alguma culpa. A delegada garante, porém, que a mulher não está entre os investigados.