Mãe de jovem morto em supermercado depôs nesta terça-feira
Dinalva Oliveira não conversou com a imprensa, mas seu advogado, Marcelo Ramalho, disse que ela está “muito abalada” com o ocorrido
atualizado
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Dinalva Oliveira, mãe de Pedro Gonzaga, compareceu nesta terça-feira (19/2) à Delegacia de Homicídios (RJ) para prestar depoimento sobre a morte do filho no hipermercado Extra da Barra da Tijuca. Pedro foi morto asfixiado pelo segurança Davi Ricardo Moreira Amâncio. As informações são do jornal O Extra.
Abalada e chorando, Dinalva não falou com a imprensa, mas Marcelo Ramalho, seu advogado, falou sobre a expectativa de que o segurança responda pelo crime de homicídio doloso, quando tem intenção de matar.
“Ela [Dinalva] está bastante abalada com essa tragédia que ocorreu, mas sintetizou os fatos que vivenciou naquele momento, chegando a berrar ‘ele assassinou o meu filho’ para o segurança”, disse o advogado. “Estamos confiantes no trabalho da Polícia Civil, os delegados competentes certamente vão mudar a conduta para homicídio doloso”, declarou Ramalho.
De acordo com o advogado, os outros seguranças presentes também precisam ser responsabilizados pelo caso: “Eles tinham o dever de evitar esse exagero na conduta que levou à morte. Ele [Pedro] estava desacordado, em processo de asfixia mecânica, com as pontas mãos ficando roxas. Eles deveriam ter agido para cessar aquela ação ilícita de seu companheiro de trabalho”.
Qualificação
Na segunda-feira (18), o diretor do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Antônio Ricardo, afirmou que a tipificação do crime pode mudar após a perícia ter comprovado que Davi tinha intenção de matar. Inicialmente, o segurança foi autuado por homicídio culposo, quando não existe intenção.
Caso a Polícia Civil conclua que houve homicídio doloso qualificado, o segurança estará sujeito a uma pena, em caso de condenação, que vai de 20 a 30 anos de prisão.