Mãe de influencer estuprada em rodeio desabafa: “Quem quer fama?”
Pai de influencer Franciane Andrade também criticou andamento de investigações do estupro e falta de acesso a vídeos do rodeio de Jaguariúna
atualizado
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São Paulo – Silmara Aparecida de Sousa, mãe da influencer Franciane Andrade, criticou as insinuações de que sua filha não teria sido estuprada em um camarote do Rodeio de Jaguariúna, no interior de São Paulo. O crime aconteceu há uma semana. A vítima divulgou neste sábado (04/12) que o estupro foi comprovado por exames da Santa Casa, do Instituto Médico Legal (IML) e de uma clínica particular.
A mãe de Franciane gravou vídeos para defender a influencer na tarde deste sábado (4/12). As imagens foram publicadas no perfil da jovem estudante de medicina veterinária.
“Quem vai querer fama com um negócio tão triste desse? Ninguém precisa de fama. A Fran trabalha. Parem de atacar ela, por favor. Já tem todos os laudos. Está tudo comprovado”, afirmou Silmara.
A mãe da vítima não conteve o choro ao expressar preocupação com Franciane, que, segundo ela, “só chora e chora”.
“Eu tenho muito medo dela fazer alguma coisa e se machucar, se matar. Estamos muito preocupados com ela, porque ela só chora, chora”, desabafou a mãe da vítima.
Franciane comunicou à Polícia Civil de São Paulo que foi estuprada no Rodeio de Jaguariúna, no último domingo (28/11). Mas ela não se lembrava do que aconteceu na madrugada do domingo e já desconfiava que tinha sido dopada.
Um exame toxicológico, feito por clínica particular e revelado por Franciane neste sábado, comprovou que ela foi dopada com a substância conhecida como “boa noite, cinderela”. É provável que isso tenha acontecido ainda dentro do camarote do Jaguariúna Rodeo Festival.
O Instituto Médico Legal (IML) não fez exame toxicológico na vítima. O órgão alegou à polícia que já não seria possível detectar nenhuma substância no corpo da vítima, quando ela foi encaminhada para o IML, na última terça-feira (30/11).
Apoio na Justiça
Silmara agradeceu ao apoio das advogadas da filha, Izabella Borges e Luciana Terra, e da promotora Gabriela Manssur, idealizadora do projeto Justiceiras. Foram as defensoras que providenciaram exames particulares de corpo de delito e toxicológico para que a vítima pudesse comprovar a violência sexual que sofreu.
As advogadas também estão prestando apoio psicológico à influencer através do mesmo programa.
“Estava com esperança de que o médico ia falar que minha filha não foi violentada. Minha esperança era essa. Eu queria ouvir isso”, desabafou a mãe da vítima.
“Vocês não sabem o que a gente está passando. A gente não está comendo, bebendo, dormindo”, acrescentou.
Pai defende a filha
O pai de Franciane, José Ricardo Andrade, também manifestou indignação com o tratamento dado à filha e com o andamento das investigações.
“Quero saber o que houve realmente dentro desse recinto, dentro da festa. Falam que tem segurança e não vi segurança nenhuma. Quero saber das câmeras. Ninguém mostrou nada para nós. Estou me sentindo injustiçado com o que estão fazendo”, criticou o pai da influencer.
“Quero saber se estão apurando, se estão correndo atrás disso aí”, acrescentou o pai da vítima, que disse acreditar nos promotores e no juiz do caso, mas não mencionou a Polícia Civil.