Mãe de Henry, Monique nega prática de “atos libidinosos” com advogado
Monique Medeiros prestou depoimento nesta segunda (7/3) para se defender de acusações relatadas por sete de suas colegas de prisão
atualizado
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Rio de Janeiro – Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, negou que tenha protagonizado “atos libidinosos”, como expor os seios, em encontros com um de seus advogados dentro da prisão.
A versão de Monique sobre o tema foi apresentada pela própria nesta segunda (7/3) no depoimento a uma comissão da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) que apura denúncia sobre uma suposta prática de atos libidinosos denunciados por detentas, colegas de Monique no sistema penitenciário do Rio.
Ela negou todas as acusações e garantiu que os atos relatados são falsos. Seus dois advogados também serão ouvidos e tiveram acesso aos autos do procedimento nesta segunda. A Seap também apura brigas entre Monique e as colegas de cela.
A defesa de Monique disse ao Metrópoles que não teve acessos aos autos, mencionados pela Seap.
O que diz a defesa
Por meio de nota, distribuída pelo escritório de advocacia que a representa no processo, a defesa classificou como “insanidade” o relato sobre uma suposta relação de Monique com seu representante jurídico.
Em trecho de nota, a defesa informa que “falta respeito, ética, compaixão e humanidade para com os envolvidos no processo e seus familiares. Como se não bastassem as próprias mazelas discriminatórias e punitivas sofridas, agora surgem inverdades dessa magnitude. A família de Monique aguarda a rigorosa apuração de tamanhas insanidades, e espera punição exemplar aos propagadores desta versão fraudulenta”.
Monique e o ex-padrasto do menino Henry, Jairo Souza Santos Junior, o Dr, Jairinho, estão presos desde abril do ano passado acusados pelo crime.
Fernanda Bumbum
A denúncia sobre os supostos atos libidinosos veio à tona depois que Monique contou, em sessão de julgamento sobre da morte de Henry no 2º Tribunal do Júri , que recebia ameaças de Fernanda Silva Almeida, a Fernanda Bumbum, que foi transferida da cela K por ordem da juíza Elizabeth Louro.
Após depoimento em juízo, Fernanda Bumbum relatou que Monique se esforçava para seduzir seu advogado nas visitas agendadas na penitenciária.
Em carta encaminhada à direção do Instituto Penal Santo Expedito, Fernanda disse que, na conversa com seu advogado, Monique ia “sem sutiã e com shorts bem coladinhos para facilitar a exposição dos seus seios e do resto do corpo”.
A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) abriu sindicância e enviou à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ). Até o momento, sete presas foram ouvidas.
Segundo a defesa de Monique, as detentas não corroborariam com a denúncia de Fernanda Bumbum sobre o relacionamento sexual no parlatório – sala de atendimento, separada por vidro e sem câmeras, do Instituto Oscar Stevenson, quando esteve presa na unidade, em Benfica, zona norte.
Caso Henry
Na terça-feira (8/3), a morte do menino Henry Borel completa um ano. Monique e Jairinho respondem por tortura e homicídio triplamente qualificado na Justiça.
A data do interrogatório de Jairinho ainda será definida pela Justiça. Tanto Monique quanto Jairinho negam que tenham cometido o crime.