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Mãe de Henry e familiares podem responder por obstrução de Justiça

Revelações e análise do especialista ouvido pelo Metrópoles foram feitas com base no depoimento da babá Thayna de Oliveira Ferreira

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Divulgação Polícia Civil do Rio de Janeiro
Thayna de Oliveira Ferreira, babá de Henry Borel Medeiros
1 de 1 Thayna de Oliveira Ferreira, babá de Henry Borel Medeiros - Foto: Divulgação Polícia Civil do Rio de Janeiro

Rio de Janeiro – Presa acusada de envolvimento na morte do filho, o menino Henry Borel Medeiros, 4 anos, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida ainda pode ser responsabilizada pelos crimes de falso testemunho e obstrução de Justiça. Além dela, familiares que souberam das agressões e até o então advogado do casal, André França Barreto, podem ser acusados.

Atualmente, Barreto é defensor só do médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido), também preso por suspeita de ser o principal responsável pela morte do menino.

O comportamento dos novos personagens foi relatado pela babá do garoto, Thayna de Oliveira Ferreira, de 26 anos, durante mais de seis horas de depoimento na 16ª DP (Barra da Tijuca), na última segunda-feira (12/4). A pedido do Metrópoles, o presidente da Associação Nacional da Advocacia Criminal (Anacrim), James Walker Junior, avaliou os principais pontos.

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Monique Medeiros, mãe de Henry Borel
Dr. Jairinho, padrasto do garoto
Dr. Jairinho é acusado pela morte do enteado, Henry
A mãe do menino, Monique Medeiros, foi presa, também sob suspeita de participar da morte
Dr. Jairinho é acusado pela morte do enteado, Henry
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Monique, mãe de Henry, segue para IML do Rio

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Henry Borel Medeiros

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Henry Borel Medeiros morreu em 8 de março deste ano

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Além de Monique, a avó materna do menino, a professora Rosângela Medeiros da Costa e Silva, soube dos “chutes” e “bandas” dados pelo vereador no garoto. Em novo depoimento prestado na 16ª DP (Barra da Tijuca), Thayna disse ter “contado tudo” para a idosa e que ela “ficou assustada”.

No entanto, na delegacia, a avó não relatou nada sobre as agressões. Thayna alegou que mentiu quando na primeira vez em que foi à polícia, no dia 24 de março, por medo de Jairinho.

“É crime de falso testemunho, artigo 342 do Código Penal. A mãe do menino entra na obstrução da justiça, falso testemunho. E isso agrava eventual pena em caso de condenação na qualidade de partícipe do homicídio”, explicou James Walker.

 “Menos é mais”

A babá contou ter sido levada para o escritório de André França antes do depoimento e orientada a falar bem do casal. “O advogado tem a situação muitíssimo mais grave. Pode responder por obstrução da justiça, além da falta ética junto à OAB-RJ”, analisou o especialista.

A polícia já anunciou que entrará com representação contra André França na Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional do Rio de Janeiro (OAB-RJ).

Outra citada pela funcionária é Thalita Fernandes, irmã de Jairinho. Ela entra em contato com a Thayna, a leva ao escritório de advocacia e teria sido taxativa: “Menos é mais”, referindo-se ao fato de que a babá não deveria ser “juíza do caso do irmão dela”.

A polícia apreendeu celular e notebook da irmã do parlamentar. “Faz parte das investigações, mas isso não atesta que a pessoa, eventualmente, mudaria versões, se fosse ouvida. Por ora, é só apreensão mesmo, sem consequências criminais”, explicou Júnior.

A polícia avalia ainda se Thalita será convocada para prestar depoimento.

Caso Henry

Monique e Jairinho foram presos no último dia 8, um mês após a morte do menino. A prisão foi decretada por 30 dias pelo 2º Tribunal do Júri. O casal alega acidente doméstico, mas laudo cadavérico mostrou que no corpo do garotinho havia 23 lesões por agressões.

Henry chegou a falar para Monique sobre os maus-tratos que recebia de Jairinho. Ele fez uma ligação de vídeo, no dia 12 de fevereiro, para contar à mãe que tinha sofrido agressões.

De acordo com o delegado Edson Henrique Damasceno, Monique e Jairinho serão indiciados por homicídio duplamente qualificado e tortura.

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