Mãe de brasileiro preso com carne humana pediu para filho fazer tratamento
A família de Bagoleã Fernandes falou sobre depressão e que a mãe queria que ele voltasse ao Brasil para fazer tratamento
atualizado
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A mãe do brasileiro preso com carne humana na Europa, Carla Pimentel, disse que aconselhou o filho a voltar ao Brasil para fazer tratamento psicológico.
Segundo o que a família de Bagoleã Fernandes, 26 anos, relatou em entrevista ao Fantástico — exibida neste domingo (5/3) –, o brasileiro contou histórias sem sentido antes de supostamente matar Alan Lopes, 21, em Amsterdã, na Holanda.
Carla disse que Begoleã declarou ter ido para casa de uma pessoa, levado injeção no peito e “acordou zonzinho”.
“Depois, disse que não podia falar porque seria difícil explicar. Eu comecei a falar com ele: ‘Meu filho vai para o aeroporto agora que eu compro a passagem, vem fazer tratamento'”, afirmou.
A família de Begoleã contou que o jovem preso em Portugal com carne humana na mala passou por período depressivo durante a adolescência.
“Só ficava deitado, olhando internet, telefone, coisa que toda vida eu tentei tirar. Coloquei ele na academia, não queria malhar. Coloquei na aula de dança, não quis dançar. Um dia, foi fazer treino de boxe e apaixonou”, afirmou Carla.
Begoleã estava no 4º período da faculdade de odontologia em Matipó (MG) quando decidiu mudar-se para Amsterdã com objetivo de tentar uma carreira no esporte.
Entenda
Begoleã é suspeito de matar o brasiliense Alan Lopes, 21 anos, que trabalhava como açougueiro em Amsterdã, na Holanda, onde o crime aconteceu em 26 de fevereiro. Alan vivia na Holanda havia sete anos e sua família é do Distrito Federal. Já Begoleã, 26, é natural de Matipó, na Zona da Mata mineira.
O suspeito enviou um áudio a um amigo confessando o crime e pedindo ajuda após o crime. Na gravação, Begoleã Fernandes diz: “Reagi e passei ele, tá? Me ajuda aí mano, pelo amor de Deus”.
No áudio, o brasileiro conta ainda que a atitude dele teria sido uma reação a um suposto ataque da vítima, que, segundo ele, seria canibal. No entanto, não há provas dessa afirmação. Ainda de acordo com Begoleã, a vítima tentou “pegar ele”.