Mãe de brasileira morta nos EUA não consegue visto para ir ao funeral
Adriana Ohlson foi assassinada pelo filho com um tiro de espingarda; amigos e familiares se uniram para conseguir visto de emergência
atualizado
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A mãe da brasileira assassinada pelo próprio filho com um tiro de espingarda nos Estados Unidos não conseguiu tirar o visto de viagem para comparecer ao funeral da filha. Apesar dos esforços de amigos e parentes para arrecadar o valor necessário para a viagem, a família foi representada por uma das irmãs, que chegou à cidade um dia antes do enterro.
Amigos próximos de Adriana Ohlson, de 49 anos, criaram uma vaquinha na Internet para conseguir apoio financeiro para que a mãe e as irmãs da vítima estivessem presentes na cerimônia fúnebre, que ocorreu em 22 de abril.
“Infelizmente, a mãe de Adriana não conseguiu o visto para entrar nos Estados Unidos”, afirma a atualização no site GoFundMe. “A família no Brasil foi representada pela irmã de Adriana”, que viajou para a cidade onde a brasileira e o filho moravam, na Flórida.
Segundo o site da vaquinha, a mobilização conseguiu juntar US$ 5.332 (cerca de R$ 26,2 mil). Parte destinada à viagem da irmã e o resto será enviado à família de Adriana no Brasil, em nome do ex-marido dela Aaron Ohlson.
Entenda o caso
Adriana foi assassinada pelo próprio filho, David Allan Ohlson, de 18 anos, com um tiro de espingarda no abdômen, na cidade de Pensacola, Flórida, nos Estados Unidos. O rapaz admitiu ter cometido o crime no começo deste mês (8/4) na casa da família.
O jovem David se declarou inocente da acusação de assassinato em segundo grau com arma de fogo, nessa quinta-feira (28/4). “De todas as pessoas que ele planejava atirar, ele não esperava que sua mãe fosse uma delas”, teria dito o suspeito durante o interrogatório, segundo afirma o xerife do condado de Escambia.
O pai de David, Aaron Ohlson, foi quem ligou para a polícia para avisar do tiro e contou também que o filho teria atirado acidentalmente na sua ex-esposa.
Ohlson e Adriana estavam separados há três semanas. Para os investigadores, ele afirmou que a vítima havia reclamado de “mau comportamento” do filho e havia falado sobre uma arma.
Quando Ohlson chegou à residência da família, encontrou a sua ex-mulher em pé na sala de estar e o seu filho, David, sentado de pernas cruzadas no chão do cômodo. De acordo com o pai, o suspeito apontou a arma para ele e, em seguida, para mãe. Quando o pai tentou se aproximar, David disparou contra a vítima e imediatamente largou a espingarda no chão.
Problemas psicológicos
Quando a polícia chegou ao local, encontrou Adriana na sala com um ferimento de espingarda no abdômen. Ela foi levada para o hospital, mas morreu durante a cirurgia. O pai de David relatou que o filho tem alguns problemas psicológicos, mas não disse quais são eles.
A advogada do suspeito, Sharon Wilson, apresentou monções ao tribunal nesta semana e entrou com uma declaração de inocência do cliente. Além disso, a defensora pediu que David tenha um julgamento com júri.
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