Mãe acusada de matar os dois filhos tentou explodir casa, diz delegado
Stephani Ferreira é acusada de matar os filhos de 3 e 6 anos a facadas, em Guapimirim. Polícia recolheu celulares da mulher, que confessou
atualizado
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Rio de Janeiro – A Polícia Civil do Rio recolheu dois celulares para investigar a morte dos irmãos Bruno Leonardo Ferreira da Silva, de 6 anos, e Arthur Moisés Ferreira da Silva, de 3. Eles foram mortos a facadas na tarde de segunda-feira (10/1), em Guapimirim, na Baixada Fluminense.
A mãe das crianças, Stephani Ferreira Peixoto, de 36 anos, é suspeita pelo crime. De acordo com o delegado Antônio Silvino Teixeira, titular da 67ª DP (Guapimirim), ela teria ligado as bocas do fogão e deixado uma extensão ligada no quarto para causar uma explosão.
“No local, a porta da sala estava aberta e o local estava totalmente ensanguentado. A Stefani também estava ensanguentada e tinha um cheiro forte de gás pela casa. Ela ainda deixou as bocas do fogo ligados e uma extensão em cima do armário para provocar uma explosão”, disse o delegado ao Metrópoles.
Bruno e Arthur foram mortos a facadas na casa onde a família morava. Após o crime, Stephani tentou tirar a própria vida, mas foi socorrida e levado ao Hospital Municipal José Rabello de Mello, onde ficou sob custódia até a tarde desta terça-feira, quando foi levada para o Complexo de Gericinó, em Bangu.
No primeiro contato com a polícia, o marido contou que Stephani era uma boa mãe e que não entende o que aconteceu. Dois celulares que estavam na casa foram recolhidos para perícia.
“Perguntada onde estavam os meninos, ela disse que eles estavam no quarto. Lá eles foram encontrados com várias facadas pelo corpo. Ela matou os filhos e dizia que tinha acabado com a vida e não queria ser socorrida. Ela confessa que matou os filhos e que por isso queria morrer. Não sabemos a motivação. O marido diz que a mulher era uma boa mãe e não entende o que aconteceu. É inexplicável e inaceitável um crime dessa natureza”, completou Silvino.
Motivação
Após o crime, os corpos das crianças foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de Teresópolis, na região serrana do Rio.
A polícia quer, agora, entender se Stephani possuía algum problema psicológico. “O marido nega que ela fizesse tratamento médico, seja ele qual fosse. Por isso, vamos ouvir pessoas ligadas a ela. O marido e o filho, de 15 anos, que são os que estão ligados diretamente a ela”, afirma o delegado.
Teixeira diz também que a polícia irá montar o perfil psicológico da mulher. Nas redes sociais, ela publicava com frequência fotos das crianças e mensagens de amor e carinho aos filhos.
“Nos preocupamos no primeiro momento de dar uma pronta resposta. Ela está presa, autuada e a autoria está pronta. Agora, vamos analisar se ela tinha algum problema psíquico. O marido já foi ouvido , mas não tem condições. Uma vizinha também foi ouvida”, destaca o delegado, que comenta sobre uma possível briga na casa do casal: “Queremos saber se houve alguma briga, até porque ouvimos uma informação de que na sexta-feira teria ocorrido um desentendimento”.
Os celulares de Stephani e do filho de 15 anos, que ela usou para falar com o marido após a morte das crianças, foram apreendidos. Além disso, peritos também recolheram a arma do crime, e esperam imagens de câmeras de segurança da residência.