Mãe acusa escola estadual de excluir filho autista em São Paulo
Mãe alega que a instituição pediu duas vezes que ela fosse buscar o menino de 11 anos, porque não tinha ninguém para cuidar dele
atualizado
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São Paulo – Amanda Cristina de Souza Olivo acusou a Escola Estadual Victor Oliva, na Vila Ida, em São Paulo, de excluir o filho, um menino autista de 11 anos. Segundo a mãe, duas vezes na semana passada a instituição de ensino pediu para que buscasse o garoto mais cedo alegando que não havia nenhum funcionário que pudesse cuidar dele.
“Fiquei meio chocada, não estava acreditando que estava acontecendo isso”, disse Amanda para o G1. A mãe afirmou que o pedido foi feito pela diretora da escola por meio do WhatsApp, mas que a profissional apagou as mensagens antes que ela pudesse salvá-las.
A Secretaria Estadual da Educação afirmou que o menino está em fase de adaptação às aulas presenciais e que “recebeu os cuidados necessários”. O órgão também alegou que o estudante “estaria muito agitado” e por isso a mãe foi chamada. A pasta disse lamentar pela situação e repudiar “qualquer atitude de exclusão”.
Recorrência
Amanda relatou que o filho está nesta escola apenas há três meses e que não é a primeira vez que enfrenta dificuldades para que o menino seja bem recebido. “Estou cansada de passar por isso”, disse a mãe que pretende pedir na Justiça indenização por constrangimento.
No fim de setembro, a Escola Estadual Victor Oliva até chegou a usar uma foto do menino autista para promover a inclusão.
“A inclusão é algo sério e necessário, não é um desejo de aprender e sim uma realidade que precisa acontecer. Não existe manual individual, existe sensibilidade para cada caso e empatia. Abrace as diferenças e seja melhor todos os dias da sua vida”, escreveu o colégio no Facebook. A publicação recebeu vários comentários nesta terça-feira (12/10) criticando a postura da Escola Estadual Victor Oliva.