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Maduro “interrompe” recesso e deputados brasileiros brigam nas redes

Nicolás Maduro foi proclamado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela como presidente eleito no último domingo

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Ricardo Stuckert/PR
Nicolas Maduro
1 de 1 Nicolas Maduro - Foto: Ricardo Stuckert/PR

Apesar do recesso no Congresso brasileiro, as eleições presidenciais na Venezuela no último domingo (28/7) se tornaram assunto entre os parlamentares daqui e seguem sendo motivo para um debate acalorado nas redes sociais. A oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chama de “golpe” a reeleição de Nicolás Maduro, enquanto representantes da base governista comemoram a manutenção do líder venezuelano no poder.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, instância superior eleitoral do país, proclamou Nicolás Maduro como presidente nesta segunda-feira (29/7). Segundo o órgão, Maduro teve 51,2% dos votos, enquanto o opositor do atual presidente da Venezuela, Edmundo González, teria 44%.

“Apesar de toda a luta, da garra do povo venezuelano e de todas as claríssimas provas de violência e fraudes por parte do regime de Maduro, confirmou-se o óbvio, não se muda um regime antidemocrático por meios democráticos. Não se tira um ditador sanguinário pelo voto”, criticou Bia Kicis (PL-DF), líder da minoria na Câmara dos Deputados.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), por outro lado, afirmou que o mundo deve respeitar a escolha dos venezuelanos e desejou sucesso a mais um mandato de Nicolás Maduro, que está no poder desde 2013.

“Cabe ao povo venezuelano decidir internamente os caminhos que deseja tomar. E mais uma vez o fez, soberanamente. Agora, cabe ao mundo respeitar e reconhecer o resultado das urnas. Desejo sucesso ao novo governo, que as dificuldades sejam superadas e que a estabilidade se restabeleça em clima de paz. Espero que todos se levantem contra o criminoso bloqueio”, destacou Jandira Feghali.

Na mesma linha da oposição ao governo Lula, Tabata Amaral (PSB-SP), pré-candidata à prefeitura de São Paulo, criticou o processo eleitoral da Venezuela e classificou a gestão de Maduro como uma ditadura.

“O que está acontecendo na Venezuela tem nome: fraude eleitoral. Intimidação a opositores, manobras para dificultar o voto, observadores internacionais impedidos de atuar e o governo declarando vitória sem divulgar os boletins. Há todos os motivos para crer que o resultado não corresponde ao que o povo venezuelano manifestou nas urnas”, pontuou Tabata.

Sem comentar o cenário venezuelano, mas em um ataque a colega, Glauber Braga (PSol-RJ) criticou a manifestação da pré-candidata à prefeitura de São Paulo. “Deputada, como está tratando de questões internacionais eu gostaria muito de saber: por que não tem a mesma contundência pra defender o povo Palestino? E quando houve um golpe na Bolívia em 2019, a sua posição foi a mesma da OEA? E o q diz dos presos políticos na Argentina?”, questionou. Tabata não respondeu ao comentário até a publicação desta reportagem.

O presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (Credn) da Câmara, Lucas Redecker, manifestou preocupação no tocante ao curso da democracia na Venezuela.

“Na condição de presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (Credn) da Câmara dos Deputados, manifesto a minha preocupação com o desfecho do processo eleitoral venezuelano, marcado pelo cerceamento da oposição às mesas de votação e, posteriormente, às atas, documentos indispensáveis para conferir a necessária transparência do pleito”, ressaltou Lucas Redecker.

“À frente da Credn, expresso, também, o desejo de que a vontade popular, expressada nas urnas, seja respeitada por todos os atores. Para tanto, exortamos a que o regime venezuelano permita a devida conferência das atas e mapas de votação, para que não pairem dúvidas e/ou inquietações acerca do desejo dos venezuelanos expressados nas urnas neste domingo”, completou o presidente da Crend.

Nicolás Maduro está no poder desde 2013, e com a reeleição divulgada pelo CNE, pode permanecer no controle da Venezuela até 2030.

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