Madrinha Janja: entenda tradição do batismo de submarinos
A primeira-dama, Janja Lula da Silva, será madrinha do submarino Tonelero, inaugurado nesta quarta por Lula e Macron
atualizado
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Ocorre nesta quarta-feira (27/3) a cerimônia de batismo e lançamento ao mar do submarino Tonelero, da Marinha brasileira, que terá como madrinha a primeira-dama, Janja Lula da Silva. A solenidade será em Itaguaí, no Rio de Janeiro, e conta com a presença dos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da França, Emmanuel Macron.
A cerimônia celebra a construção do terceiro submarino de propulsão diesel-elétrica (S-BR) no âmbito do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), parceria entre Brasil e França.
De acordo com a Marinha, o batismo é uma tradição dentro da atividade naval, que remete a rituais vikings, romanos, gregos e babilônios. Tradicionalmente, a embarcação é batizada por uma madrinha e recebe seu nome oficial antes de ser submergido ao mar.
Em 2018, a então primeira-dama, Marcela Temer, esposa de Michel Temer (MDB), apadrinhou o submarino Riachuelo, primeiro do Prosub. É de praxe da cerimônia que as madrinhas estourem um espumante para a embarcação.
Veja:
O #Submarino #Riachuelo é batizado por sua madrinha, a Primeira Dama Marcella Temer. #S40 #Tecnologia #PROSUB #MarinhadoBrasil #AmazôniaAzul pic.twitter.com/ZkpqYzv9NH
— Marinha do Brasil (@marmilbr) December 14, 2018
O segundo submarino da iniciativa, inaugurado em 2020, teve como madrinha a esposa do então Ministro da Defesa de Jair Bolsonaro (PL), Fernando Azevedo e Silva, Adelaide Chaves Azevedo e Silva. A embarcação foi chamada de Humaitá. Na época, a primeira-dama Michelle Bolsonaro não participou da cerimônia.
No século XIX, a Rainha Vitória da Inglaterra deu o ponta pé inicial para a participação de mulheres em eventos de lançamento de navios. Já no Brasil, a primeira-dama Darcy Vargas, esposa do presidente Getúlio Vargas, batizou o monitor Parnaíba, mais antigo navio de guerra em atividade na Marinha brasileira.
Por que Tonelero
O nome Tonelero tem relação com uma operação da Marinha Imperial durante a Guerra do Prata, entre 1851 e 1852. Nela, embarcações brasileiras atravessaram, sob ataque do Exército da Confederação Argentina, o Passo de Tonelero, levando tropas brasileiras à província de Entre Rios.
Todos os submarinos desenvolvidos pelo Prosub recebem nomes em referência a batalhas vencidas pelas Marinha no passado. Os submarinos Riachuelo e Humaitá fazem referência à Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870).
Macron no Brasil
Lula e Macron chegaram ao Rio de Janeiro na noite de terça-feira (26/3), após cumprirem compromissos em Belém. Na manhã de quarta-feira (27/3), os chefes de Estado partirão de helicóptero do Forte de Copacabana para o município de Itaguaí (RJ).
A principal agenda das autoridades no Rio é a inauguração do submarino Tonelero.
Após a solenidade, o presidente brasileiro retornará a Brasília, enquanto o líder francês terá compromissos com empresários em São Paulo, seguido por um jantar com representantes da cultura do Brasil.
Na quinta-feira (28/3), Lula e Macron se encontram novamente, desta vez em Brasília. Eles terão conversas bilaterais no Palácio do Planalto e seguirão para o Itamaraty para um almoço. De tarde, o presidente francês visitará o Congresso.