Macron, presidente da França, chega ao Brasil na próxima semana
Emmanuel Macron chegará por Belém (PA) e visitará pelo menos outras duas cidades na companhia do presidente Lula
atualizado
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O presidente da França, Emmanuel Macron, pousará no Brasil na próxima terça-feira (26/3). Macron chegará ao país por Belém (PA) e será acompanhado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em três cidades brasileiras.
A primeira agenda, em Belém, é relativa ao local ser a sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP), em 2025.
A França apoiou o pleito do Brasil para sediar o evento em uma área amazônica, proposta do próprio Lula.
Em seguida, na quarta-feira (27/3), Macron e o presidente brasileiro seguirão para Itaguaí (RJ), município com importante complexo naval e onde são construídos submarinos de origem francesa.
Na quinta-feira (28/3), emenda do feriado de Páscoa, Lula receberá o presidente francês no Palácio do Planalto e no Itamaraty para solenidades. A princípio, o encontro seria no Palácio do Alvorada, residência oficial da Presidência da República, mas foi feita a alteração de local.
Há ainda a expectativa de uma visita de Macron a São Paulo, mas essa seria sem a companhia do petista.
Acordo Mercosul-UE
Uma das pautas na agenda entre os dois presidentes é o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia (UE). No fim de 2023, o Itamaraty dava fortes indícios da conclusão do tratado, mas Macron apresentou forte oposição a isso.
Em coletiva na COP28, em Dubai, o francês chamou o acordo de “antiquado” e “contraditório”. Na visão do país, a cooperação poderia desgastar a relação com os agricultores da França.
As negociações já duram mais de 20 anos. O acordo chegou a ser assinado em 2019, sob gestão de Jair Bolsonaro, mas não houve ratificação pelos blocos e, dessa forma, o texto não é válido.
O tempo das tratativas também é um ponto de receio de Macron: “Tentamos remendar, mas está mal remendado”.
Durante a visita de Pedro Sánchez, o presidente de governo da Espanha, em Brasília, Lula disse estar “otimista” com o acordo. “Minha tranquilidade é que a União Europeia não depende do voto da França”, afirmou.