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Maceió: solo continua a afundar e chuva pode piorar o quadro

Boletim da Defesa Civil divulgado neste domingo (03/12) mostra que solo segue afundando a 0,7 cm por hora em Maceió, capital do Alagoas

atualizado

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Imagem colorida da região que pode desmoronar em Maceió - metrópoles
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Maceió – Em novo boletim divulgado na manhã deste domingo (03/12), a Defesa Civil de Maceió informa que a velocidade de deslocamento da mina nº 18, que está sob risco iminente de colapso, continua sendo de 0,7 cm por hora.

A velocidade foi a mesma registrada no dia anterior, às 9h do sábado (02/12), evidenciando uma estabilidade na forma que o solo está afundando.

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Mina18 da Braskem
O risco de formação de crateras em áreas urbanas na capital do Alagoas já levou à desocupação de áreas onde viviam cerca de 55 mil pessoas
Maceió
ANM Área da mina 18 da Braskem, que pode desabar
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O risco de formação de crateras em áreas urbanas na capital do Alagoas já levou à desocupação de áreas onde viviam cerca de 55 mil pessoas

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O bairro de Pinheiro é uma das áreas desocupadas

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A exploração mineral desenfreada vem sendo apontada por especialistas e autoridades públicas como a principal causa do problema

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Desnível em solo de bairro em Maceió

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Comitê Operativo Emergencial (COE) está analisando a possibilidade de mudança do Samu e do Ceaf, mas reforça que os dois órgãos não estão localizados na área próxima à mina 18 da Braskem

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A Defesa Civil de Maceió entrou em alerta máximo para a possibilidade de colapso do solo

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O temor é que uma cratera se abra devido à possibilidade de desabamento de uma mina subterrânea

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A exploração mineral vem sendo apontada por especialistas e autoridades públicas como a principal causa do problema

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Ainda assim, o órgão municipal reforça que permanece em alerta máximo para o risco de colapso da mina nº 18, no bairro do Mutange. O quadro de esgotamento do solo é atribuído à extração de sal-gema feita pela Braskem.

A cidade está em situação de emergência, decretado por 180 dias pelo prefeito de Maceió, JHC (PL-AL), no dia 29 de novembro.

O deslocamento vertical acumulado na manhã deste domingo (3) foi de 1,69 metros, apresentando um movimento de 10,8 cm nas últimas 24h.

“Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo”, reforça a Defesa Civil municipal.


Devastação urbana

Ao todo, são 35 minas de sal-gema que foram escavadas por 44 anos na área urbana de Maceió. No início, a empresa que começou a escavação foi a Salgema Indústria Químicas de Alagoas, que depois passou a ser chamada de Braskem.

A mineração nesses poços de sal-gema provocou o deslocamento do solo há anos, numa tragédia que vem obrigando dezenas de milhares de pessoas a deixarem suas casas desde 2018.

Predios vazios no bairro do Pinheiro após tragédia causada pela Mineradora Braskem em Maceió - Metrópoles

Cinco bairros foram afetados diretamente pela escavação desenfreada da Braskem: Bebedouro, Mutange, Pinheiro, Farol e Bom Parto. Moradores das áreas de maior risco foram realocados de suas residências.

Já moradores desses mesmos bairros que vivem em regiões de menor criticidade permanecem no local, vivendo numa espécie de isolamento urbano, a exemplo da comunidade dos Flexais.

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Predios vazios no bairro do Pinheiro após tragédia causada pela Mineradora Braskem em Maceió

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Chuvas podem agravar situação

Ao Metrópoles a Defesa Civil relatou que as condições climáticas na cidade podem vir a ser um agravante para o colapso da mina 18 da Braskem, caso haja chuva em excesso.

No entanto, neste domingo (03/12), a capital alagoana amanheceu com o tempo aberto e baixa previsão de chuva (5%). Alguns chuviscos foram registrados no período da manhã no bairro do Bebedouro, vizinho ao Mutange.

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