Macêdo: assessores da Presidência devolveram quantia gasta em Carnaval
Três assessores de Márcio Macêdo usaram recursos públicos para viajar a Aracaju, sem agenda oficial, e participar de Carnaval fora de época
atualizado
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O chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, informou que os três servidores que o acompanharam ao Carvanal fora de época em Aracaju (SE) devolveram o dinheiro público utilizado na viagem.
“Eles devolveram o recurso”, afirmou o ministro nesta quinta-feira (11/10). “Eu sabia que eles estavam lá, mas não sabia que estavam recebendo, que foram gastos recursos públicos sem agenda, soube há dois dias”, disse.
“Isso não pode acontecer, tem de ser corrigido”, reforçou Macêdo. Para ele, houve um “erro formal do meu gabinete, isso nunca mais se repetirá”.
O ministro explicou que o dinheiro de sua parte da viagem foi pago do próprio bolso. “Paguei minhas passagens em voo comercial, fora do expediente, e fui num final de semana, agenda particular, e não recebi diárias para isso, queria que ficasse muito claro, objetivo”, ressaltou.
Segundo ele, houve a abertura de sindicância para apurar os fatos, como mostrou o Metrópoles. A investigação deverá acabar em 60 dias e o ministro não é alvo dela.
Entenda o caso
Macêdo participou do Pré-Caju, evento de pré-Carnaval realizado no último novembro, em Aracaju (SE). Os três assessores também estavam no evento.
Levantamento do Metrópoles junto ao Portal da Transparência mostra que a ida dos funcionários a Aracaju entre 2 e 6 de novembro de 2023 custou, ao todo, R$ 18.557 ao erário, mas não houve agenda oficial nos dias. As despesas receberam autorização da Presidência da República e do Ministério de Gestão e Inovação.
Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, a aprovação das passagens resultou em discordâncias e no eventual pedido de demissão de Maria Fernanda Ramos Coelho, então número 2 da Secretaria-Geral da Presidência.
Maria Fernanda teria se recusado a aprovar os gastos, após saber que Macêdo convidou servidores do seu gabinete para o Pré-Caju com as despesas pagas com dinheiro público.
O ministro teria resolvido a questão ao autorizar ele mesmo as passagens dos servidores à capital de Sergipe, o que é corroborado pelos documentos disponíveis no Portal da Transparência.
A pasta negou relação do episódio com a saída de Maria Fernanda: “A exoneração foi a pedido dela (Maria Fernanda) por questões pessoais”.