Lupi orienta senadores do PDT a votarem contra PEC dos Precatórios
Em 1º turno, na Câmara dos Deputados, pedetistas votaram a favor da PEC, o que revoltou Ciro Gomes, candidato da legenda à Presidência
atualizado
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O presidente nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Carlos Lupi, declarou posição contrária à PEC dos Precatórios no Senado Federal e tem marcado posição com os três senadores da legenda para a votação. O posicionamento claro e direto ao texto evita conflitos com o candidato da legenda para a Presidência da República, Ciro Gomes.
Em primeiro turno, na Câmara dos Deputados, membros do PDT votaram a favor da PEC, o que revoltou o ex-governador do Ceará. Ele chegou a anunciar a suspensão de sua candidatura à Presidência da República. No entanto, voltou atrás após posicionamento do PDT em segundo turno.
“Eu mesmo estou ligando para os senadores. O PDT é contra a PEC dos Precatórios e nossa orientação para voto é nesse sentido”, afirmou Carlos Lupi ao Metrópoles. Hoje, o PDT tem três senadores eleitos na Casa: Weverton Rocha (MA), Acir Gurgacz (RO) e Cid Gomes (CE).
A votação da proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado estava prevista para esta quarta-feira (24/11), mas foi adiada para a próxima terça-feira (30/11). Após o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) ler o relatório da PEC dos Precatórios, senadores pediram vista coletiva.
O movimento era previsto diante da entrega do relatório minutos antes da sessão. A proposta deve ser analisada na tarde da terça no plenário, onde necessita de 49 votos de 81 senadores, em dois turno, para ser aprovada.
Bezerra apresentou o relatório com o Auxílio Brasil de R$ 400 de forma permanente dentro do teto de gastos e a criação de uma comissão mista para acompanhar e fiscalizar o pagamento das dívidas judiciais da União sem possibilidade de recurso.
Oposição
Com o apoio do PDT, o líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), contabiliza 35 votos na Casa contra o texto aprovado pela Câmara em 9 de novembro.
Se confirmada, a projeção inviabilizará a aprovação da proposta no Senado. Conforme divulgado pelo colunista Igor Gadelha há votos contrários à matéria em siglas como PT, PDT, Rede e Cidadania. Siglas independentes e governistas também avaliam voto contra. Entre eles, Podemos, PSDB, MDB e PROS.
A proposta é uma das principais pautas de interesse do governo atualmente, porque viabiliza o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 400 de dezembro deste ano até o final de 2022.