Lupi aciona STF contra voto remoto de deputados na PEC dos Precatórios
Líder do PDT anunciou que vai entrar com ação no Supremo contra a autorização dada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira
atualizado
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O presidente do PDT, Carlos Lupi, divulgou nota anunciando que acionará o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a autorização do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, para que parlamentares em viagem votassem de forma remota na PEC dos Precatórios.
Foi o caso de 23 deputados. A Câmara aprovou, na madrugada desta quinta-feira (4/11), por 312 votos a 144, a emenda aglutinativa da proposta que trata da renegociação do pagamento de precatórios. Eram necessários 308 votos favoráveis para a aprovação do texto.
Confira o comunicado:
“Cumpre informar aos estimados companheiros que estou dando entrada agora, na parte da manhã, com uma ação no STF, contra a autorização do Presidente da Câmara Arthur Lira de autorizar a 23 parlamentares, em viagem, que votassem remotamente na PEC dos Precatórios, um cheque em branco que a Câmara deu ao sr. Lira e ao profeta da Ignorância.”
Lupi não deixou claro quem seria o “profeta da ignorância” ao qual ele se refere na nota.
Os críticos à aprovação da PEC dos Precatórios afirmam que, além de irregularidades na própria votação, como o voto remoto, a proposta ainda autoriza o governo a estourar o teto de gastos.
A situação fez com que uma crise se instalasse dentro do PDT. Ciro Gomes, por exemplo, suspendeu sua pré-candidatura à Presidência da República até que a bancada do partido reverta o apoio à PEC.
“Não podemos compactuar com a farsa e os erros bolsonaristas”, diz o político em tuíte publicado nesta quinta.
Veja o post:
A mim só me resta um caminho: deixar a minha pré-candidatura em suspenso até que a bancada do meu partido reavalie sua posição.
Temos um instrumento definitivo nas mãos, que é a votação em segundo turno, para reverter a decisão e voltarmos ao rumo certo.
— Ciro Gomes (@cirogomes) November 4, 2021