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Lupa: exageros e acertos de Fernando Haddad no “debate paralelo”

Agência checou o discurso do ex-prefeito de São Paulo e vice na chapa do PT na disputa pelo Planalto sobre temas como emprego e educação

atualizado

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Tiago Queiroz/Estadão
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1 de 1 haddad - Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Enquanto oito candidatos à Presidência participavam do debate na Band, na última quinta-feira (9/8), Fernando Haddad, oficializado como vice na chapa de Lula, e Manuela D’Ávila (PCdoB) fazia o seu próprio debate, com participação da presidente do PT, Gleisi Hoffmann. A Lupa checou:

“Os governos do PT geraram 20 milhões de empregos no país”
Fernando Haddad, candidato à vice-presidência da República pelo PT, em “Debate com Lula” no dia 9 de agosto

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, mostram que, durante os governos do PT, 14,1 milhões de empregos foram criados. O número é o resultado da soma dos empregos gerados entre o primeiro mês do governo Lula (janeiro de 2003) e o último mês completo do governo Dilma Rousseff (abril de 2016). Somente no governo Lula (de 2003 a 2010) houve um saldo de 11,3 milhões de empregos.

Por telefone, Haddad disse que se referia aos três primeiros mandatos do PT – de janeiro de 2003 a dezembro de 2014. No período, o saldo foi de 16,1 milhões de empregos, segundo o Caged. Haddad alegou que o cadastro só conta empregos privados.

“90% dos deputados do PMDB e do PSDB (…) aprovaram as medidas do Temer”

Fernando Haddad, candidato à vice-presidência da República pelo PT, em “Debate com Lula” no dia 9 de agosto

Na votação da PEC do Teto de Gastos Públicos, proposta pelo Executivo, 100% dos 46 deputados do PSDB e dos 64 do PMDB que estavam na Câmara votaram a favor da medida. A proposta, que limitou por 20 anos as despesas do governo, foi aprovada na Câmara no dia 26 de outubro de 2016 e no Senado no dia 16 de dezembro de 2016. Mas na reforma trabalhista, o percentual foi menor entre os deputados do PMDB: 86% dos 59 parlamentares que estavam na sessão do dia 26 de abril de 2017 votaram a favor da reforma. Já entre os tucanos, 98% dos 44 presentes foram favoráveis: apenas a catarinense Geovânia de Sá votou contra.

“[Lula] Foi o presidente que mais criou universidades”
Fernando Haddad, candidato à vice-presidência da República pelo PT, em “Debate com Lula” no dia 9 de agosto

Dados do Censo do Ensino Superior do Inep mostram que, durante a gestão de Lula (2003 a 2010), foram criadas 15 universidades federais. Durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso (PSDB, 1995 a 2002), foram quatro e no governo de Dilma Rousseff (PT, 2011 a 2016), cinco. Se contarmos o número total de universidades criadas, incluindo privadas, estaduais e municipais, Lula também fica na frente: 28, contra 27 durante o governo Fernando Henrique e sete no governo Dilma.

“Tem vários ministros tucanos no governo [Temer]”
Fernando Haddad, candidato à vice-presidência da República pelo PT, em “Debate com Lula” no dia 9 de agosto

Atualmente, apenas um ministério do governo Temer é chefiado por alguém do PSDB: o das Relações Exteriores, sob comando do senador licenciado Aloysio Nunes Ferreira. Ele ocupa vaga da cota pessoal do presidente. Aloysio e Luislinda Valois, que comandava a pasta dos Direitos Humanos, foram os únicos tucanos a permanecerem no governo depois que o PSDB se retirou da base, em dezembro de 2017. Luislinda foi demitida em fevereiro deste ano. O PSDB chegou a ocupar quatro ministérios: além dos citados, comandou as pastas da Justiça e das Cidades.

Por telefone, Haddad disse que se referia aos tucanos que já haviam passado pelo governo, e não à situação atual.

“[Alvaro Dias] aprovou no congresso [o pacote de medidas proposto pelo governo Michel Temer]. Alvaro Dias votou tudo, então ele não pode nem falar do outro [Henrique Meirelles]”
Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, em “Debate com Lula” no dia 9 de agosto

Alvaro Dias, senador pelo Paraná, votou favoravelmente apenas à PEC do Teto dos Gastos Públicos, aprovada no Senado em dezembro de 2016. Em setembro do ano passado, Dias foi contra a reforma trabalhista – também aprovada pelo Senado. Em sabatina na Globonews, no último dia 30 de julho, ele declarou que foi um voto de protesto, apenas porque sabia que a reforma seria aprovada.

Procurada, Gleisi não respondeu.

Reportagem: Leandro Resende e Nathália Afonso. Edição: Chico Marés e Natalia Leal

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