Lula volta a SP e deve anunciar investimentos com Tarcísio em Santos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passa a sexta-feira (2/2) em São Paulo. O chefe do Executivo deixou Brasília no fim da tarde dessa quinta-feira (1º/2), após a posse do ministro Ricardo Lewandowski, no Ministério da Justiça e Segurança, e a abertura dos trabalhos do ano no Supremo Tribunal Federal (STF).

Lula começará o dia em Santos, litoral paulista, para comemorações de 132 do porto local. A solenidade começará às 9h e há previsão de anúncios de investimentos do governo federal na região. Há a previsão da presença, no evento, do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Na última terça-feira (30/1), Lula já se reuniu com Tarcísio, mas em Brasília. Após o encontro, o petista disse ter conversado sobre a parceria para construir o túnel entre Santos e Guarujá. “Um grande projeto de R$ 6 bilhões”, pontuou Lula. De acordo com o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, Lula foi convencido a aceitar a parceria do governo paulista na obra.

Reunião de trabalho com o governador de São Paulo, @tarcisiogdf. Conversamos sobre a parceria para transformar em realidade um sonho de 100 anos: a obra do túnel Santos-Guarujá, integrando a Baixada Santista. Um grande projeto de R$ 6 bilhões. Também falamos de outros projetos,… pic.twitter.com/tHgzTKgpKY

— Lula (@LulaOficial) January 30, 2024

Também foram tópicos de discussão o trem de integração entre a capital paulista e Campinas e criação de mais institutos federais no estado.

De tarde, Lula viajará para São Bernardo do Campo para anúncios de investimentos da Volkswagen no Brasil. O evento tem previsão de início às 15h.

Apesar de não estar na agenda oficial, Lula estará perto da capital paulista no mesmo dia da filiação da ex-prefeita Marta Suplicy ao PT. O retorno dela à sigla foi arquitetado pelo chefe do Executivo, para compor a chapa do deputado federal Guilherme Boulos (PSol) rumo à prefeitura.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, cumpre as agendas com Lula no estado e também poderá comparecer ao evento do partido.

Viagens a SP

Desde o começo do ano, Lula já esteve em São Paulo outras duas vezes. Uma delas foi na semana passada, quando ele discursou na cerimônia de aniversário de 90 anos da Universidade de São Paulo (USP).

Na sexta-feira da semana anterior, no dia 12 de janeiro, o presidente também se deslocou para a capital paulista. No entanto, dessa vez, o chefe do Executivo cumpriu um compromisso privado e realizou exames em São Paulo.

As avaliações foram de rotina no hospital Sírio Libanês e, de acordo com o boletim médico, não há alterações na saúde de Lula.

Eleições municipais

Apesar das agendas frequentes em São Paulo, Lula prometeu dar atenção a todas as regiões do país em 2024. Em ano de eleições municipais, o presidente falou que iria a vários estados fiscalizar obras, mas poderá aproveitar para estreitar laços políticos e conversar com eleitorados diferentes.

Esta semana, o chefe do Executivo já mirou em discurso os estudantes e religiosos, dois públicos relevantes nas votações.

A ida a diferentes regiões é importante, uma vez que o PT ainda não consolidou nomes competitivos nos principais colegiados. O apoio de Lula para a prefeitura de São Paulo é o único já anunciado, com Boulos e Marta.

Enquanto isso, o petista tenta não criar rusgas com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) sobre o comando da capital paulista. Isso porque o PSB pretende lançar a deputada federal Tabata Amaral à prefeitura.

Como ela compartilha o partido com o vice, seria natural o apoio de Alckmin à candidatura dela. Lula, na última semana, negou qualquer tentativa em interferir na pré-campanha de Tabata.

“Jamais iria tentar corrompê-la com cargo para não ser candidata a prefeita. Ela sabe o que pode fazer, tem noção do que é São Paulo. Se ela quer ser candidata a prefeita e ela vai ser, porque tem um partido político que vai decidir, não é o presidente Lula que vai impedir”, afirmou.

Questionado sobre a corrida eleitoral em São Paulo, Lula se comprometeu a apoiar “quem for melhor e for ao segundo turno”. “Se os dois forem ao segundo turno, aí sim, terei divergência, mas o que precisamos é derrotar o bolsonarismo no estado de São Paulo”, completou.