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Lula volta a criticar ONU: “Pouca representatividade, não cumpre mais”

Presidente Lula está em Joanesburgo para a 15ª Cúpula do Brics, e defendeu a reforma do Conselho de Segurança e de organismos multilaterais

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1 de 1 imagem colorida presidente Lula - metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Em Joanesburgo para participar da 15ª Cúpula do Brics, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar o atual formato da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Conselho de Segurança, ao afirmar que “eles não funcionam mais”.

“Hoje, a ONU tem pouca representatividade, ela não consegue cumprir quase nenhuma tarefa. Hoje, o Conselho de Segurança não decide mais nada, porque existe o poder de veto, e os membros impedem”, afirmou o mandatário.

Segundo Lula, o funcionamento adequado da ONU e de outros organismos multilaterais representa a manutenção da paz, um combate efetivo às mudanças climáticas e à proteção da democracia. “Nós precisamos utilizar a ONU para tentar encontrar a paz no mundo. A ONU precisar ser muito forte”, prosseguiu.

“Até porque, se a ONU não tiver o poder de governança, a gente não resolve a questão climática”.

A declaração ocorreu durante o programa Conversa com o Presidente, nesta terça-feira (22/8). Enquanto Lula está ausente do país, o comando interino está com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB).

O titular do Palácio do Planalto é um grande defensor da nova governança global – que representa a busca por organismos multilaterais mais equilibrados e inclusivos, ou seja, uma reforma do contexto global marcado pela hegemonia dos Estados Unidos e da Europa Ocidental.

Lula no Brics

Nesta terça-feira (22/8), Lula participa da abertura da 15ª Cúpula do Brics – bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – na capital sul-africana, Joanesburgo. Até a próxima quinta-feira (24/8), líderes dos países discutirão a expansão do bloco, que deve definir o futuro da aliança.

Questionado sobre a adesão de novos membros ao grupo e o posicionamento do Brasil sobre o tema, o petista defendeu que a aliança “precisa crescer” para se tornar uma instituição multilateral “que possa ter algo diferente”.

“Os Brics têm possibilidade de ampliação. Eu sei que a China quer, que a Índia quer, que a Rússia quer, e nós queremos. Mas, obviamente, você tem que estabelecer determinados procedimentos para que as pessoas entrem, pra que a gente não descubra amanhã que é contra o Brics”, explicou.

Lula afirmou que o objetivo do Brics não é ser “contraponto a nenhum bloco”, como o G7 (grupo formado pelas maiores economias do mundo), ou G20, e sim “criar novos mecanismos, que tornem o mundo mais igual do ponto de vista das decisões políticas”.

“Sempre fomos tratados como se fôssemos segunda categoria, mas estamos vendo que podemos ser importantes”, defendeu.

Agenda na África

Nesta terça, os líderes participarão de um fórum empresarial, e depois farão um retiro, um evento apenas com os chefes de Estado e governo e dos respectivos ministros das Relações Exteriores.

Na quarta-feira (23/8), acontecerá a reunião de cúpula entre os líderes do bloco, em duas sessões. No dia seguinte, na última etapa do evento, ocorrerá o encontro estendido com os países-membros do Brics e cerca de 40 países convidados, em sua maioria chefes de Estado e governo de nações interessadas em ingressar no bloco, vindos da África, da América do Sul, do Caribe e da Ásia.

Dos países do bloco, estarão presentes os presidentes Lula (Brasil), Cyril Ramaphosa (África do Sul) e Xi Jinping (China), e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.

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