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Lula teria primeiro encontro presencial do terceiro mandato com Putin

Presidente Lula sofreu acidente doméstico nesse sábado (19/10) e cancelou ida à Rússia para reunião dos Brics, quando encontraria Putin

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1 de 1 Lula e Putin - Metrópoles - Foto: Montagem com fotos de Hugo Barreto/Metrópoles e Contributor/Getty Images

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participaria, nesta semana, da primeira reunião frente a frente com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, desde o início do terceiro mandato do petista. O país é anfitrião da 16ª Cúpula dos Brics – o grupo de cinco países considerados emergentes em desenvolvimento econômico.

No entanto, o encontro ao vivo entre os dois líderes acabou postergado, em razão de um acidente doméstico sofrido por Lula no sábado (19/10), mas informado neste domingo (20/10). Depois de, inclusive, receber pontos na cabeça, o chefe do Executivo federal foi orientado por médicos a não viajar para a Rússia.

Ele embarcaria nesta tarde e passaria a semana em território russo. No primeiro dia da visita ao país, ele também participaria de um jantar oferecido por Putin. Agora, Lula deve fazer apenas parte da reunião da cúpula de países, e por videoconferência.

Os dois chefes de Estado tampouco se encontraram na 15ª Cúpula dos Brics, ocorrida em 2023 na capital da África do Sul, Joanesburgo. Aquela foi a primeira reunião presencial do grupo desde a pandemia.

No ano passado, Putin decidiu não comparecer ao encontro e foi representado por seu ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov. Em 2025, o Brasil assumirá a presidência dos Brics e a 17ª Cúpula deverá sem realizada em território nacional.

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Cúpula do Brics em Joanesburgo
Lula discursa na Cúpula do Brics
Em 2025, o Brasil estará à frente do Brics, após a presidência da Rússia em 2024
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Chefes de Estado dos Brics na África do Sul. Da esquerda para a direita: presidente Lula (Brasil), presidente Xi Jinping (China), presidente Cyril Ramaphosa (África do Sul), primeiro-ministro Narendra Modi (Índia) e ministro das Relações Exteriores Sergey Lavrov (Rússia)

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Cúpula do Brics em Joanesburgo

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Lula discursa na Cúpula do Brics

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Em 2025, o Brasil estará à frente do Brics, após a presidência da Rússia em 2024

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Telefonemas

Apesar de ainda não terem se encontrado pessoalmente neste terceiro mandato de Lula, Putin e o petista conversaram por telefone em ao menos quatro oportunidades desde 2023. A última chamada entre os dois ocorreu em 18 de setembro último, segundo o Palácio do Planalto.

Os líderes comentaram sobre as queimadas no Brasil, pelas quais Putin teria manifestado solidariedade; a proposta de paz dos governos brasileiro e da China para o conflito com a Ucrânia; e a cúpula dos Brics.

G20 no fim do ano

Lula e Putin tampouco se encontrarão em novembro, por ocasião da Cúpula do G20, que ocorrerá no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 18 e 19. Neste ano, a presidência rotativa do grupo das maiores economias do mundo ficou com o Brasil.

Na última sexta-feira (18/10), Putin avisou que não comparecerá à cúpula. A negativa do presidente russo se deu quatro dias depois de o procurador-geral da Ucrânia pedir às autoridades brasileiras que cumprissem mandado de prisão contra ele, expedido pelo Tribunal Penal Internacional em março de 2023.

“Minha possível visita prejudicaria o trabalho do G20. Vamos descobrir quem representará a Rússia”, afirmou Putin, durante coletiva de imprensa no país.

O presidente acrescentou não reconhecer o Tribunal Penal Internacional e declarou que um acordo com o Brasil poderia ser assinado para “contornar o veredito”, pois esses “vereditos são fáceis de ignorar”, segundo ele.

Putin também destacou as “boas relações com o Brasil” e afirmou que as tropas estão “preparadas” para continuar a lutar até conquistar a vitória na Ucrânia, apesar de destacar que “quer paz duradoura” e de acusar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de usar o país para entrar em uma guerra contra a Rússia.

A proposta de paz apresentada em maio pelo Brasil e pela China foi considerada por Putin “equilibrada” e uma “boa base” para encontrar solução para o conflito. Já o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, rejeitou a sugestão brasileira e comentou que a medida só “atendia aos interesses” de Moscou.

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