metropoles.com

Lula terá chance de indicar 2 mulheres ao STJ, que só tem 5 ministras

As listas tríplices encaminhadas para Lula contêm três homens e três mulheres para preencher as vagas de Laurita Vaz e Assusete Magalhães

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Ricardo Stuckert/PR
Imagem colorida do presidente Lula falando no microfone - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida do presidente Lula falando no microfone - Metrópoles - Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), terá a chance de aumentar o baixo percentual de mulheres no Superior Tribunal de Justiça (STJ), hoje equivalente a 16,12% dos ministros em atuação. As listas tríplices para as vagas das duas ministras que deixaram a Corte, em outubro de 2023 e em janeiro de 2024, contêm nomes femininos.

A ministra aposentada Laurita Vaz era integrante do Ministério Público, e Assusete Magalhães exercia o cargo de desembargadora federal. Assim, as vagas abertas são nas mesmas áreas.

Para ocupar a cadeira de Assusete Magalhães estão na lista tríplice Carlos Pires Brandão, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), de Brasília; Daniele Maranhão Costa, também do TRF-1; e Marisa Ferreira dos Santos, do TRF-3, de São Paulo.

Entre os integrantes do Ministério Público (MP) para a cadeira de Laurita Vaz, estão: Maria Marluce Caldas Bezerra, do MPAL; Sammy Barbosa Lopes, do MPAC; e Carlos Frederico Santos, do Ministério Público Federal (MPF).

No caso dos desembargadores, se Lula optar pelo primeiro da lista, escolherá um homem. Nas vagas do MP, a primeira da lista é uma mulher. Mas a colocação na votação não é um quesito que tem sido primordial para o presidente. A escolha de gênero, também não.

Em agosto de 2023, quando Lula precisava escolher o procurador-geral da República e um ministro para o Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente deixou claro que a questão de gênero “não era mais um critério” e que a cor da pele também não influenciaria a decisão.

No STJ, hoje, apenas cinco mulheres ocupam cargo de ministras, ou 16,12% dos 31 ministros em atuação na Corte. O percentual está abaixo até dos conservadores 38% de participação de magistradas no Poder Judiciário, segundo dados do Relatório Justiça em Números.

Nos bastidores, Lula é pressionado para indicar mulheres a fim de substituir mulheres. Mas não há garantias para esse compromisso.

Escolha

Hoje, o STJ tem cinco mulheres nos cargos de ministras: Nancy Andrighi, Maria Thereza de Assis Moura, Isabel Gallotti, Regina Helena Costa e Daniela Teixeira.

A composição do STJ está definida no artigo 104 da Constituição Federal. O tribunal é composto de, no mínimo, 33 ministros, que são nomeados pelo presidente da República, após a escolha de lista tríplice pela e eleição na Corte. Os nomes devem ser de brasileiros com mais de 35 anos e menos de 70 anos.

Os escolhidos pelo presidente precisam passar por sabatina no Senado Federal por maioria absoluta.

Veja o perfil dos escolhidos nas listas tríplices para ocupar as duas vagas em aberto: 

Carreira da magistratura

Carlos Augusto Pires Brandão: mestre em direito pela Universidade Federal de Pernambuco e doutor em ciências jurídicas pela Universidade Federal da Paraíba. Natural de Teresina, tomou posse como juiz em 1997 e ocupa o cargo de desembargador do TRF-1 desde 2015. É professor do Departamento de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Piauí.

Daniele Maranhão Costa: natural do Rio de Janeiro e tem mestrado em direito pela Universidade de Brasília (UnB). Foi servidora do TRF-1 antes de se tornar juíza federal. Em 2017, tomou posse como desembargadora da corte regional. É professora voluntária da UnB e da Escola de Magistratura Federal da 1ª Região, além de instrutora em diversas ações de capacitação na área de conciliação.

Marisa Ferreira dos Santos: mestre em direito previdenciário pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Nascida em São Paulo, é magistrada desde 1988 e, em 2002, tornou-se desembargadora do TRF-3. Entre outras funções, foi presidente daquela corte entre 2022 e 2024 e corregedora-regional da Justiça Federal da 3ª Região entre 2020 e 2022.

Carreira do Ministério Público

Maria Marluce Caldas Bezerra: nascida em Ibateguara (AL) e tem pós-graduação em direito constitucional e processual. Integra o MPAL desde 1986 e, em 2021, foi promovida ao cargo de procuradora de justiça de Alagoas. Fez carreira na área criminal e direitos humanos. Participou das discussões que levaram à promulgação da Lei Seca.

Sammy Barbosa Lopes: tem graduação em direito pela Universidade Federal do Acre, mestrado em direito pela Universidade Federal de Santa Catarina e doutorado em ciências jurídico-políticas pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Ingressou no MPAC como promotor e, atualmente, é procurador da instituição. Também atua como professor de direito constitucional e ciência política.

Carlos Frederico Santos: mestre em direito e especialista em direito público pelo Centro Universitário de Brasília (UniCeub). Nascido em Manaus, iniciou a carreira como promotor de Justiça do Amazonas e exerceu os cargos de procurador regional da República e secretário-geral do MPF (2005-2010). Em 2013, foi promovido por merecimento ao cargo de subprocurador-geral da República, atuando na Procuradoria-Geral da República (PGR), em Brasília.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?