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Lula sobre juros do BC: “72 milhões de brasileiros pendurados no Serasa”

Próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central acontece no final de junho. Taxa Selic está em 13,75%

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Lula em fábrica de carros
1 de 1 Lula em fábrica de carros - Foto: Ricardo Stuckert/PR

Com a aproximação de uma nova reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, marcada para 20 e 21 junho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a centrar fogo na taxa básica de juros da economia, a Selic. “Não há nenhuma explicação histórica para a gente ter o juro mais alto do mundo, de 13,75%, quando a inflação está, durante 12 meses, apenas em 4,7%. Para que esse juro tão alto? Quem é que ganha com isso?”, questionou o petista nesta terça-feira (6/6), durante discurso no Polo Automotivo Stellantis, em Goiana, Pernambuco. “Temos 72 milhões de brasileiros que estão pendurados no Serasa”, emendou.

A taxa básica da economia é uma espécie de guia para o mercado. E Lula tem batido, desde antes de assumir o mandato, na condução da política econômica pelo Banco Central, cujo presidente, Roberto Campos Nato, foi nomeado por Jair Bolsonaro (PL) e tem mandato até o final de 2024.

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Lula
Presidente Lula durante evento no Itamaraty
Presidente Lula dá declaração
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Lula discursa em cerimônia de celebração do Dia Mundial do Meio Ambiente

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“Quem perde nós sabemos que é o povo brasileiro, que é o empresário que quer investir, que é o pequeno e médio empreendedor. São as pessoas que querem tomar R$ 200 emprestados, R$ 500 emprestados para fazer um carrinho para vender cachorro-quente, para vender pipoca, que quer montar um salão de beleza, que quer montar alguma coisa. Ele precisa ter acesso a dinheiro e ele só pode ter acesso se for barato. Se for caro, as pessoas não podem tirar dinheiro emprestado porque não podem pagar”, criticou Lula.

“Temos 72 milhões de brasileiros que estão pendurados no Serasa, pessoas que tiraram dívida para comer, pessoas que utilizaram cartão de crédito para comer e agora não podem pagar. Por irresponsabilidade de um governante que não soube entender a índole do povo brasileiro”, completou Lula.

Nesta semana, o governo federal lançou um programa de renegociação de dívidas que era uma promessa de campanha, o Desenrola. O público do programa é formado pelos 72 milhões de brasileiros citados pelo presidente no discurso.

O Desenrola será executado em etapas. Uma medida provisória foi publicada nesta terça e prevê a adesão dos credores e realização do leilão, seguida da adesão dos devedores e período de renegociação.

Segundo o governo, as pessoas que têm dívidas em até R$ 100 poderão ser “desnegativadas” e ter o débito perdoado. Agora, com a publicação da MP, será editada uma regulamentação pelo Ministério da Fazenda detalhando os critérios das instituições financeiras que vão desnegativar dívidas em definitivo.

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