Lula sobre cultura da violência no Brasil: “Quem anda armado é covarde”
Em live semanal, Lula criticou políticas pró-armamento civil do ex-presidente Jair Bolsonaro e pessoas “que têm um demoniozinho dentro”
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) relacionou o que acredita ser um aumento na violência no Brasil a políticas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sobretudo em relação ao armamento de civis.
“Aquelas pessoas que têm um demoniozinho dentro, que estão radicalizando, xingando gente, ofendendo gente, desejando morte às pessoas; essas pessoas têm de ser banidas da política, têm de ficar no ostracismo”, disse Lula, nesta segunda-feira (14/8), em sua live semanal nas redes sociais, a Conversa com o Presidente.
“Essas pessoas não são saudáveis à democracia. Eles têm de aprender, de forma civilizada, a conversar com pessoas que pensam diferente deles”, seguiu Lula, que dedicou boa parte do problema a falar sobre violência, citando inclusive ações policiais.
“O Brasil não era assim. Depois que apareceu alguém querendo armar o povo brasileiro”, continuou Lula, sem citar diretamente o nome de Bolsonaro na live.
“Quem é que quer comprar arma? É o crime organizado, e algumas pessoas que não querem fazer bem para ninguém. Eu não quero ter arma dentro de casa para fazer bem. Se eu tiver arma em casa, é para me livrar de alguém. E tem gente que gosta de sair armado, mostrando que é poderoso”, discursou o petista.
“Quem anda armado é um covarde. Tem medo. Se você não tiver medo e for do bem, você não tem que andar armado. Quando um cachorro late para a gente, a gente não late para o cachorro. É preciso apenas reaprender a viver democraticamente, de forma feliz”, seguiu Lula.
O petista, cumprindo promessas de campanha, suspendeu portarias do governo Bolsonaro que facilitam o acesso a armas pela população civil e, em julho último, editou novas normas, bem mais restritivas. Veja como era e como ficou.
Veja a íntegra da live de Lula nesta segunda-feira: