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Lula sobre caso da maconha: “STF não precisa se meter em tudo”

Em entrevista nesta quarta-feira (26/6), o presidente Lula criticou a rivalidade entre STF e Congresso, citando caso do porte da maconha

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Presidente Lula durante posse do ministro do STF Cristiano Zanin - Metrópoles
1 de 1 Presidente Lula durante posse do ministro do STF Cristiano Zanin - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o Supremo Tribunal Federal e disse que a Corte “não precisa se meter em tudo”, ao falar sobre o caso do porte da maconha, que está em discussão.

O mandatário da República ainda sugeriu que a pauta deveria ser tratada pelo Congresso, e não pelo Judiciário.

“Ela [a Suprema Corte] precisa pegar as coisas mais sérias da Constituição e virar senhora da situação. [O STF] Não pode pegar qualquer coisa e ficar discutindo, porque cria rivalidade que não é boa para a democracia”, afirmou Lula.

Sobre o assunto, o presidente também afirmou que considera “nobre” que a legislação brasileira diferencie o tratamento dado ao consumidor, ao usuário e ao traficante. Essa distinção é um dos temas em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi dada nesta quarta-feira (26/6), em entrevista ao Uol.

“Eu vou dar só palpite, não sou advogado ou deputado. É nobre que haja diferenciação entre o consumidor, o usuário e o traficante. É necessário que a gente tenha decisão sobre isso – não na Suprema Corte, pode ser no Congresso – para que a gente possa regular”, disse o petista.

Nessa terça-feira (25/6), a maioria dos ministros do STF julgou que o porte de maconha para uso pessoal não é crime. Em sessão marcada para a tarde desta quarta, o julgamento deve ser concluído com a proclamação do resultado e a definição da quantidade da droga que distingue usuário de traficante.

Lula diz que maconha é questão de “saúde pública”

O presidente da República disse ainda que a decisão da descriminalização deveria ser baseada em ciência, já que o tema é uma questão “de saúde pública, e não de segurança pública”.

“Cadê a comunidade psiquiátrica deste país que não se manifesta e não é ouvida? Disse ao Barroso: ‘Por que não convoca reunião de psiquiatras e médicos?’ Não é Código Penal, é saúde pública. O mundo inteiro [está] usando derivado da maconha para fazer remédio”, opinou.

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