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Lula sobe tom sobre greve em universidades: “Espero compreensão”

Presidente Lula disse que os servidores das universidades e institutos não podem esquecer o que já foi oferecido e defendeu a negociação

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta quinta-feira 28, da 74ª Reunião Anual da SBPC
1 de 1 O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta quinta-feira 28, da 74ª Reunião Anual da SBPC - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu o tom sobre a greve nas universidades e institutos federais. Ele disse nesta quinta-feira (20/6) esperar “compreensão”. Enquanto professores estão em greve há dois meses, os servidores técnicos das instituições já estão parados há três meses.

O petista lembrou que nasceu de movimentos grevistas, mas apelou: “Todo e qualquer movimento de trabalhadores têm o direito de fazer greve, de reivindicar. O que as pessoas não podem esquecer é o que já foi feito, é o que já foi oferecido. Veja, nós oferecemos em média entre 28% e 43% de reposição das pessoas”, disse Lula em entrevista à Rádio Verdinha, de Fortaleza (CE).

Ele citou ainda o reajuste linear de 9% concedido ao funcionalismo em 2023, primeiro ano do atual governo. “Às vezes fico triste porque ninguém agradeceu os 9% e estão fazendo greve dizendo que é por 4,5% e que nós não demos nada esse ano. Ora, mas se gente não deu porque não pode dar isso não significa que a gente não possa nos anos seguintes dar mais do que os 4,5%”.

Lula ainda pediu para que os servidores da educação entendam que seu governo tem apenas um ano e seis meses e relatou o que disse em reunião com reitores, no último dia 10 de junho, no Palácio do Planalto.

Na ocasião, Lula anunciou a destinação de R$ 5,5 bilhões em investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para centros e hospitais universitários, anunciada pelo próprio presidente da República no começo da semana passada.

“É importante analisar o que vocês têm na mão. (…) Eu aprendi que muitas vezes entre 100 e 0 tem muita coisa, tem 40, tem 50, tem 60, e muitas vezes com a radicalização eu fiquei sem nada. Então, eu disse para os reitores: é importante que lembrem que vocês não estão prejudicando o governo, vocês não estão prejudicando o Lula, vocês estão prejudicando, na verdade, os alunos. Espero que tenham a compreensão e espero que eles saibam que no meu governo não falta oportunidade de conversar, de negociar.”

O presidente elogiou ainda o trabalho do ministro da Educação, Camilo Santana, que é ex-governador do Ceará e foi escolhido em razão dos bons dados da educação cearanse.

“[Escolha para o ministério] Não foi pelos belos olhos do Camilo, não foi pelos 80% de aprovação que ele tinha”, elogiou, dizendo que ele era “unanimidade” no estado. “Mas eu chamei ele porque todos os indicadores, seja de iniciativa privada, seja de IBGE, provava que o Ceará tinha conseguido fazer melhor educação no ensino fundamental. Então, o Camilo foi para ser meu ministro por isso”.

Propostas

Aos docentes, o governo propôs um reajuste em duas parcelas, válido para os dois próximos anos e dividido da seguinte maneira: 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.

Também foi acertada a reestruturação na progressão entre os diferentes níveis da carreira. O acordo terá impacto fiscal de R$ 6,2 bilhões em dois anos.

Professores de universidades e institutos federais terão até sexta-feira (21/6) para fazerem suas assembleias e deliberar sobre o acordo com o governo federal e o fim da greve docente. No domingo (23/6), a direção deverá reunir os resultados dessas assembleias.

Para os técnicos, o governo propôs reajuste de 9% em 2025 e de 5% em 2026 e aceleração na progressão na carreira e incentivo à qualificação dos servidores.

Caso haja concordância das entidades, os valores necessários para os reajustes no próximo ano deverão ser reservados na peça orçamentária de 2025, que o governo enviará ao Congresso Nacional até o fim de agosto.

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