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Lula se reúne com líderes do PT para discutir indicado para a Fazenda

Reunião com o presidente eleito ocorre em meio às dificuldades na articulação política para conseguir aprovação da PEC da Transição

atualizado

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1 de 1 Imagem colorida mostra presidente eleito Lula sorrindo - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT) se reúnem, nesta sexta-feira (25/11), com o presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, para debater a indicação de um futuro ministro da Fazenda.

O encontro ocorrerá em São Paulo, conforme afirmou o senador e ex-ministro Jaques Wagner (PT-BA) em conversa com a imprensa na sede do gabinete de transição, em Brasília, na quinta-feira (24/11).

A reunião ocorre em meio à dificuldade na articulação para aprovar a PEC da Transição, proposta que abre espaço no Orçamento para cumprir promessas de campanha de Lula, como a manutenção do Auxílio Brasil (que voltará a se chamar Bolsa Família).

Na quinta-feira, questionado sobre a dificuldade das negociações pela PEC, Wagner afirmou que falta ao governo eleito um ministro da Fazenda.

“Eu acho que falta mais, por enquanto, um ministro da Fazenda. Eu não acredito em mágico. Ninguém sozinho vai fazer nada. Eu estou ajudando, porque essa é a minha experiência, de articulador político, mas não sou eu que estou fazendo sozinho, tem muita gente envolvida. É que querem botar nas minhas costas tudo”, disse.

Na sequência, ao ser perguntado se se o ministro fosse indicado agora facilitaria, ele disse: “Eu acho que facilita. Mas repara, não depende de mim, estou dando uma opinião, quem vai decidir é o presidente da República”.

Falta de articulação

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, admitiu que a equipe de transição de governo não calculou bem a dificuldade para aprovar uma PEC que entrará em vigor a partir do ano que vem. Segundo Gleisi, a PEC da Transição está travada “por falta de articulação no Senado”, mas que “outras saídas” podem entrar no radar.

O objetivo principal da PEC é garantir recursos para a manutenção do Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família, no valor de R$ 600 para as famílias beneficiárias. Pela proposta orçamentária enviada pelo governo Bolsonaro, o valor volta ao patamar dos R$ 400. Os parlamentares, mesmo os da oposição, têm consenso sobre a necessidade de se aprovar esse valor, mas a maioria do Congresso não quer dar espaço fiscal por quatro anos para o próximo governo gastar, como quer o PT.

“Está faltando articulação política no Senado; por isso, eu acho que nós travamos na PEC”, avaliou Gleisi, em entrevista coletiva concedida na sede da transição, em Brasília, após a estreia da Seleção Brasileira na Copa do Catar, com vitória por 2 a 0 sobre a Sérvia.

“Estamos fazendo as conversas no Congresso Nacional, no Senado, acertando bem o texto. Acho que é importante a gente ajustar, para que a gente possa ter uma tramitação célere e aprovar a matéria”, continuou.

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