Lula se diz orgulhoso de Zeca Dirceu por chamar Guedes de “tchutchuca”
Em sua conta no Twitter, partido exibe manuscrito que atribui ao ex-presidente preso pela Lava Jato
atualizado
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O PT divulgou, nesta terça-feira (9/4), um bilhete manuscrito cuja autoria atribui ao ex-presidente Lula e no qual ele parabeniza o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) por chamar o ministro da Economia, Paulo Guedes, de “tchutchuca”. A imagem do papelzinho foi publicada no Twitter do partido.
“Querido Zeca, estou muito orgulhoso da sua Bancada do PT, que teve um papel extraordinário no debate sobre a Previdência com o Guedes, ‘o destruidor dos pobres’. Zeca, parabéns por compará-lo a uma ‘tchutchuca’ na relação dele com os empresários”, escreveu Lula, que está preso há um ano na Superintendência Regional da Polícia Federal em Curitiba, base da Operação Lava Jato.
O presidente @LulaOficial saúda o deputado @zeca_dirceu (PT-PR) e toda a #BancadaDoPovo pela atuação na audiência com Paulo Guedes na audiência da Câmara da última quarta (3). Não à reforma da Previdênca de Guedes, Bolsonaro e os banqueiros! pic.twitter.com/ex3XYYwW9Q
— PT Brasil (@ptbrasil) 9 de abril de 2019
“Eu fiquei tão orgulhoso de você, que vou aprender a música da ‘tchutchuca e o tigrão’. Kkkk Abraços, Lula. 04/04/2019.”
No dia 3 de abril, durante audiência pública sobre a reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça na Câmara, Paulo Guedes caiu em uma provocação de Zeca Dirceu, que o acusou de ser “tigrão” com os aposentados, idosos de baixa renda e agricultores, mas “tchutchuca” com privilegiados.
O ataque do petista, filho do ex-ministro José Dirceu, também condenado na Lava Jato, levou à explosão final de Guedes, que reagiu com destempero fora do microfone. “Eu não vim aqui para ser desrespeitado, não. (…) tchutchuca é a mãe, é a avó, respeita as pessoas. (…) Isso é ofensa. Eu respeito quem me respeita. Se você não me respeita, não merece meu respeito”, afirmou.
Zeca começou as críticas perguntando qual a razão de Guedes começar as reformas com a da Previdência e não com alterações que afetassem os banqueiros.
A partir daí, o clima ficou insustentável e o presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), teve que acabar com a audiência.