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Lula pede “solução política” para guerra da Ucrânia e reforma na ONU

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva almoçou com o chefe de Estado romeno, Klaus Iohannis, e falou sobre o conflito na Ucrânia

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Ricardo Stuckert/Presidência da República
Lula e presidente da Romenia e primeiras damas
1 de 1 Lula e presidente da Romenia e primeiras damas - Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Após responsabilizar a Ucrânia e a Rússia pela guerra no Leste Europeu, além de dizer que países do Ocidente “prolongam” o conflito, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) baixou o tom e defendeu, em discurso nesta terça-feira (18/4), uma “solução política negociada” para a situação. Além disso, ele reivindicou reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

Lula participou de uma reunião bilateral e de um almoço em homenagem ao presidente da Romênia, Klaus Iohannis. O evento ocorreu no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

“Ouvi com muito interesse as considerações do presidente Iohannis sobre a guerra da Ucrânia, país com o qual a Romênia partilha mais de 600 km de fronteira”, disse o presidente brasileiro.

“Ao mesmo tempo em que meu governo condena a violação da integridade territorial da Ucrânia, defendemos uma solução política negociada para o conflito. Falei da nossa preocupação com os efeitos da guerra, que extrapolam o continente europeu. Reiterei minha preocupação com as consequências globais desse conflito em matéria de segurança alimentar e energética, especialmente, sobre as regiões mais pobres do planeta”, continuou Lula.

Lula voltou a defender a criação, “urgentemente”, de um grupo de países para “sentar-se à mesa tanto com a Ucrânia quanto com a Rússia para encontrar a paz”.

“Destacamos a necessidade de fazer avançar, no âmbito das Nações Unidas, do Conselho de Segurança, de forma a torná-lo mais eficiente e representativo das necessidades do século 21, especialmente para os países em desenvolvimento”, destacou o presidente brasileiro.

Lula também comentou sobre as possibilidade de intercâmbio comercial entre os dois países e agradeceu o convite que recebeu para visitar o país europeu.

Nesta semana, após voltar da China, Lula recebeu no Brasil o chanceler russo, Sergey Lavrov, com quem tratou de suas ideias para levar ao fim a guerra na Ucrânia.

Reação

Após as críticas, a União Europeia (UE) e os Estados Unidos rebateram, na segunda-feira (17/4), as falas de Lula sobre a guerra no Leste Europeu.

Em pronunciamento, Peter Stano, porta-voz principal para Assuntos Externos da UE, afirmou que a Rússia é a “única responsável” pela guerra entre os dois países.

“Em referência às falas do presidente brasileiro gostaria apenas de lembrar alguns fatos básicos. O fato número um é que a Rússia – e apenas a Rússia é responsável pela agressão ilegítima e não provocada contra a Ucrânia. Então não há dúvidas sobre quem é o agressor e quem é a vítima”, disse Stano.

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