Lula pede mudança em galeria do Planalto e critica Temer e Bolsonaro
O presidente Lula foi à galeria dos presidentes do Planalto e, com críticas a Temer e Bolsonaro, pediu inclusão de QR codes
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou, nesta quinta-feira (9/1), a galeria dos presidentes no Palácio do Planalto, após as restaurações das obras danificadas pelos atos de 8 de Janeiro. O petista pediu mudanças nos retratos dos seus antecessores, sugerindo implementação de QR codes com a história de cada um, e fez críticas aos ex-presidentes Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).
Falando com um funcionário responsável pela restauração, o presidente parou em frente ao retrato de Dilma Rousseff (PT) e afirmou: “Precisamos dizer que ela foi eleita, reeleita e depois sofreu um impeachment”. “Sofreu impeachment, sabe, por um golpe”, disse, sobre a ex-presidente.
Na sequência, ele se refere a Michel Temer, que assumiu a cadeira da petista: “Esse aqui não foi eleito”. Sobre Bolsonaro, o presidente comentou: “Esse foi eleito em função das mentiras”.
Lula também comentou a foto de Getulio Vargas: “Tem que estar dito publicamente. Ele foi eleito em 1930, cassado em 1945 e voltou em 1951. A pessoa que vem (visitar o Planalto) vai saber da história”.
O presidente foi acompanhado pela primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja. Ela afirmou que a implementação dos QR codes está sendo providenciada.
Em outro momento, Lula brincou e sugeriu que a galeria tivesse “três fotos” dele. O petista está no seu terceiro mandato. Ele também sugeriu a inclusão do número de votos junto às fotos dos chefes do Executivo brasileiro.
Lula comandou ato sobre 2 anos do 8 de Janeiro
No dia anterior, o presidente realizou cerimônias no Planalto para marcar os dois anos da manifestação golpista, que levou milhares de pessoas a invadirem as sedes dos Três Poderes. Um dos destaques na agenda foi a entrega de obras restauradas, como um relógio suíço e obras de Di Cavalcanti, agora expostas no Palácio.
O ato contou com representantes dos Três Poderes, mas foi considerado esvaziado diante da ausência dos presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A falta de lideranças de partidos do centrão também chamou atenção.