Lula pede ajuda a governadores para “mexer com coração” de Campos Neto
Em evento no Planalto, Lula defendeu pressão sobre Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), por redução na Selic
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a cobrar, nesta terça-feira (12/12), que o Banco Central (BC) reduza a taxa básica de juros, a Selic, para que as pessoas “possam voltar a pegar dinheiro emprestado”. O chefe do Planalto citou o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, e pediu apoio dos governadores para “fazer pressão”.
“Nós temos que mexer com o coração do presidente do Banco Central, reduza um pouco os juros, que as pessoas estão querendo tomar dinheiro emprestado. Os governadores podem ajudar, fazer pressão, vamos baixar os juros, gente. E fazer os bancos emprestarem dinheiro para criar emprego”.
A declaração do petista ocorreu durante evento com governadores no Palácio do Planalto, nesta terça, para o anúncio de investimentos de Bancos Públicos nos estados. Durante o discurso, o chefe do Executivo federal questionou o que chamou de “pessimismo dos economistas”.
“Se não tiver dinheiro, a gente tem que correr atrás. Não dá pra gente apenas constatar que não tem dinheiro e ficar quieto”, cobrou o petista.
Desde que assumiu a Presidência, em janeiro, Lula tem criticado a gestão de Campos Neto à frente do Banco Central, e as decisões da autoridade monetária sobre a taxa básica de juros. Em setembro, os dois tiveram a primeira reunião, após o petista reclamar que não havia diálogo entre o BC e o Planalto.
Indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Campos Neto tem mandato no BC até o ano que vem e conta com independência garantida por lei.
Lula e Tarcísio
No mesmo evento, Lula improvisou ao chamar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para falar sobre investimentos dos bancos públicos. Tarcísio foi ministro do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ao anunciarem a fala do presidente, o presidente questionou: “Não vai falar nenhum governador? Tem que falar algum governador”. Depois, o chefe do Executivo apontou para Tarcísio, sentado em fileira com ele e demais autoridades, e o chamou para discursar.
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