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Lula pede a juiz para viajar e se encontrar com papa Francisco

Petista fez requerimento a 10ª Vara Criminal de Brasília para que o magistrado suspenda interrogatório na Operação Zelotes

atualizado

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O petista também comentou sobre o envio de comprimidos do remédio dos Estados Unidos para o Brasil
1 de 1 O petista também comentou sobre o envio de comprimidos do remédio dos Estados Unidos para o Brasil - Foto: Reprodução TVT

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comunicou ao juiz federal Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Criminal Federal de Brasília, que pretende viajar ao Vaticano para uma audiência com o papa Francisco, no próximo dia 13. A viagem está prevista para se estender do 12 ao dia 15 de fevereiro. Para tanto, pede ao magistrado que suspenda interrogatório na Operação Zelotes, agendado para o dia 11.

“Conforme se procedeu durante todo o tramitar do feito, o peticionário declara que não deixará de comparecer a nenhum ato judicial para o qual sua presença seja obrigatória”, argumentam os advogados do ex-presidente.

Nesta ação penal, o petista responde pelo crime de corrupção passiva por, supostamente, ter participado da “venda” da Medida Provisória (MP) 471, de 2009, que prorrogou os incentivos fiscais para montadoras instalavas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O caso foi revelado pelo Estado em 2015 e investigado na Operação Zelotes.

No sábado (01/02/2020), o presidente da Argentina, Alberto Fernandéz, disse à Rádio France Internacional que o papa Francisco terá “todo o prazer” de receber Lula. Fernandéz esteve com o também argentino Francisco na véspera, sexta-feira.

“O Lula me pediu para ver o papa. E eu pedi se ele podia receber o Lula. E ele me disse que ‘claro’ e que (o Lula) lhe escrevesse porque ele, com todo prazer, o receberá”, disse Fernandéz à rádio francesa.

Segundo a emissora, o assunto surgiu quando o presidente e o papa falavam sobre “lawfare” o termo jurídico que significa uso das leis para perseguição política ou comercial que, segundo a defesa, é usado pela Lava Jato contra o ex-presidente.

É a segunda vez que Fernandéz intermedeia um encontro entre emissários Lula e Francisco. A primeira vez foi em agosto de 2018, quatro meses depois da prisão do petista, quando o argentino ainda não era nem sequer candidato à presidência e tentou marcar um encontro do papa com o ex-chanceler Celso Amorim com o objetivo de dar visibilidade internacional à situação de Lula.

Naquela ocasião o papa enviou ao ex-presidente um bilhete escrito na capa de um livro no qual abençoava o petista. Em maio deste ano, Francisco mandou uma carta a Lula pedindo que ele não desanimasse. “O bem vencerá o mal, a verdade vencerá a mentira e a Salvação vencerá a condenação”, disse o pontífice.

O ex-presidente planeja, ainda, uma segunda viagem, para a França, para receber o título de cidadão parisiense, outorgado pela Prefeitura da capital francesa.

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