1 de 1 ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao lado do vice Alckmin , faz movimento de pegar com as mãos
- Foto: Fábio Vieira/Metrópoles
São Paulo – Lula (PT) atacou neste domingo (4/9) o uso que Jair Bolsonaro (PL) faz do nome de Jesus. O ex-presidente fez a crítica durante seu discurso para empregadas domésticas, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo.
O petista afirmou que o atual presidente faz motociatas e encontro de jet skis, pois não tem “coragem” de fazer comício para não se “misturar com o povo”, porque “mente demais”.
“A maior mentira que ele [Bolsonaro] conta todo dia é avocar o nome de Jesus toda hora”, disse Lula. “Vocês sabem, aqui deve ter bastante evangélicas, vocês sabem nos olhos dele que ele está mentindo. Ele usa o nome de Jesus em vão que é pra poder tentar enganar a boa-fé das mulheres e dos homens cristãos desse País”, continuou.
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Luiz Inácio Lula da Silva, nascido em 1945, é um ex-metalúrgico, ex-sindicalista e político brasileiro. Natural de Caetés, no Pernambuco, foi o 35º presidente do Brasil
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De origem simples, Lula se mudou para São Paulo com a família quando ainda era criança. Na infância, trabalhou como vendedor de frutas e engraxate
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Mais tarde, tornou-se auxiliar de escritório, foi aluno do curso de tornearia mecânica no Senai e, tempos depois, passou a trabalhar em uma siderúrgica que produzia parafusos, onde perdeu o dedo mínimo da mão esquerda
Fábio Vieira/Metrópoles
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Em 1966, Lula começou a trabalhar em uma empresa metalúrgica. Em 1968, filiou-se ao Sindicado de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, em 1969, foi eleito para a diretoria do sindicato da categoria
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Durante a ditadura militar, liderou a greve dos metalúrgicos e foi preso, cassado e processado com base na lei vigente à época. Foi justamente nesse período que a ideia de fundar o Partido dos Trabalhadores surgiu
Ricardo Stuckert
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Para formar a sigla, juntou representantes de movimento sindicais, sociais, católicos e intelectuais. Lula se tornou o primeiro presidente do PT. Durante a redemocratização, foi um dos principais nomes do Diretas Já, e no mesmo período, iniciou a carreira política
Reprodução/YouTube
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Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo e, em 1989, concorreu pela primeira vez para presidente. Perdeu para Fernando Collor. Lula disputou o Palácio do Planalto outras duas vezes até ser eleito, em 2002
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Cumprindo o primeiro mandato, foi reeleito em 2006, após disputa com Geraldo Alckmin, e permaneceu como presidente até 31 de dezembro de 2010
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Durante o período em que foi chefe de Estado, ficou conhecido pelos programas sociais Fome Zero e Bolsa Família, pelos planos de combate à pobreza e pelas reformas econômicas que aumentaram o PIB brasileiro. No exterior, Lula foi considerado um dos políticos mais populares do Brasil e um dos presidentes mais respeitados do mundo
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Após passar a faixa presidencial para Dilma Rousseff, Lula começou a realizar palestras nacionais e internacionais. Em 2016, foi nomeado por Dilma para comandar a Casa Civil, mas foi impedido de exercer a função pelo STF
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Em 2017, Lula foi condenado pelo então juiz Sergio Moro por lavagem de dinheiro e corrupção, resultado da Operação que ficou conhecida como Lava Jato. A sentença levou Lula à prisão até 2019, quando ele foi solto após o STF decidir que ele só deveria cumprir pena depois do trânsito em julgado da sentença
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Em 2021, o Supremo declarou que Sergio Moro foi parcial nos julgamentos e, consequentemente, todos os atos processuais foram anulados. Lula tornou-se elegível outra vez e, tempos depois, confirmou a intenção de se candidatar novamente ao Planalto
Reprodução
O ex-presidente defendeu que o Estado não deve ter religião e deve tratar todos os credos com respeito. Lula mencionou ainda iniciativas do seu governo e da gestão de Dilma à favor da liberdade religiosa.
Lula criticou o acesso às armas no governo de Jair Bolsonaro. O petista disse que agora os bandidos não precisam mais roubar armas da polícia, pois podem comprá-las legalizadas.
“Eu não acredito que alguém quer uma arma para o bem. Eu tenho 76 anos e nunca tive interesse em ter uma arma. Eu tenho a minha fé em Deus e o meu comportamento”, afirmou.
O candidato a presidente também fez menção a armas em outro momento de seu discurso para empregadas domésticas no qual defendia a educação.
“Quero dizer pra vocês que não haverá decreto de arma nesse país, haverá decreto de livros”, prometeu Lula, caso seja eleito para a Presidência.
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