Lula lança Plano Safra 24/25, em meio à reconciliação com o agro
Após adiamento, o governo Lula anuncia os valores do Plano Safra nesta quarta-feira (3/7), em evento no Palácio do Planalto
atualizado
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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lança, nesta quarta-feira (3/7), o Plano Safra 2024/2025, assim como a versão do programa voltada para a agricultura familiar. Ambos os eventos serão no Palácio do Planalto.
O último Plano Safra venceu no domingo (30/6). Inicialmente, a ideia do governo era de inaugurar o novo plano na semana passada, mas as agendas sofreram adiamento para serem aperfeiçoadas, segundo o ministro Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.
A expectativa é de um montante superior ao do ano anterior, que foi R$ 364,2 bilhões. Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária, revelou a liberação agora de R$ 475,5 bilhões pelo Plano Safra, conforme entrevista dada ao jornal Valor Econômico.
Fávaro detalhou que cerca de R$ 400 bilhões será para crédito; outros R$ 293 bilhões servirão para custeio e comercialização; R$ 106 bilhões irão para investimentos; e R$ 74 bilhões deverão ser aplicados na agricultura familiar.
Reconciliação
O lançamento do Plano Safra ocorre em meio a uma tentativa de reconciliação entre o Executivo e o agronegócio, grupo marcado pelo apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em entrevista na terça-feira (2/7), Lula ressaltou a importância do setor.
“Se há um setor brasileiro respeitado no mundo todo, é a agricultura. Eu não faço diferença entre pequenos e grandes produtores”, afirmou.
O presidente vem tentando construir uma boa relação com o setor. No início do ano, Lula quis promover “churrasquinhos” na Granja do Torto com empresários e representantes do campo para ouvir as demandas dos produtores. Mas, no fim, apenas uma reunião do tipo foi feita.
O titular do Planalto também planejava um “giro” pelos estados em que a atividade agropecuária predomina. Mas o “tour” terminou passando apenas pelo Rio Grande do Sul, por Mato Grosso do Sul e por Minas Gerais. Goiás e Tocantins, por exemplo, são estados que não receberam visita do presidente desde o início do terceiro mandato do petista. Lula tinha uma viagem marcada para Goiânia, nesta quinta-feira (4/6), mas o compromisso acabou adiado.