Lula lamenta morte de Sepúlveda Pertence: “Um dos maiores juristas da história”
Em 2018, ministro aposentado atuou na defesa de Lula (PT), a convite do então advogado Cristiano Zanin; presidente está em Salvador
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou o falecimento do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Sepúlveda Pertence, que morreu aos 85 anos neste domingo (2/7). Aposentado, 0 jurista chegou a atuar na defesa do petista em 2018, a convite do agora ministro Cristiano Zanin.
“José Paulo Sepúlveda Pertence foi um dos maiores juristas da história do Brasil. Sempre atuou pela defesa da democracia e pelo Estado de Direito, como advogado e também como ministro do Supremo Tribunal Federal. Por isso, era respeitado por todos”, escreveu Lula.
“Tive o privilégio de ter em Sepúlveda um amigo e também um grande advogado. Neste momento de perda, meus sentimentos aos seus familiares, em especial aos seus filhos, aos amigos e aos admiradores de Sepúlveda Pertence”, prosseguiu.
O mandatário está em Salvador (BA), neste domingo, para participar das festividades do Bicentenário da Independência na capital baiana. Pela manhã, ele participou do cortejo da Lapinha até o Pelourinho, como parte do desfile cívico do 2 de Julho.
Equipe de defesa de Lula
Aposentado e exercendo a advocacia em escritório próprio, em 2018 passou a integrar a equipe de advogados do então ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, representando o petista em julgamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ) de um habeas corpus preventivo para evitar a prisão de Lula.
Lula havia sido condenado pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, com sede em Porto Alegre (RS), em um processo relacionado à Operação Lava Jato. O pedido da defesa, no entanto, foi negado.
À época, Sepúlveda criticou a decisão. O advogado disse que, durante sua carreira, viveu “21 anos de ditadura no meio judicial” e nunca viu nada parecido.
Falecimento do ex-ministro
O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Sepúlveda Pertence, de 85 anos, morreu na madrugada deste domingo (2/7), em Brasília. O jurista estava internado desde 19 de junho no Hospital Sírio-Libanês, na capital federal, e faleceu em decorrência de insuficiência respiratória.
Natural de Minas Gerais, Sepúlveda foi indicado ao Supremo em 1989, pelo então presidente da República, José Sarney. Entre 1995 e 1997, ele assumiu a presidência da Corte, da qual se aposentou em 2007. Desde então, dirigia um escritório de advocacia no Lago Sul.
Segundo a família, o velório será realizado no Salão Branco do STF, na segunda-feira (3/7), às 10h. O enterro acontecerá na Ala dos Pioneiros do Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, em Brasília.