Lula lamenta morte de Léa Garcia, aos 90 anos: “Pioneira”
Léa Garcia morreu nesta terça-feira vítima de um infarto. Ela estava em Gramado, no Rio Grande do Sul, para ser homenageada em festival
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou, nesta terça-feira (15/8), a morte da atriz brasileira Léa Garcia, aos 90 anos de idade. A notícia foi confirmada pela família nas redes sociais da artista. Ela estava em Gramado, para o Festival de Cinema, e seria homenageada pelo evento.
“Léa Garcia foi uma grande atriz e uma pioneira no enfrentamento do racismo e na abertura de espaços para atrizes negras na televisão e no cinema. E, de forma marcante, impactou nossa cultura, ao interpretar a grande vilã Rosa no clássico Escrava Isaura e ao ser indicada ao prêmio de melhor interpretação feminina no Festival de Cannes por Orfeu Negro”, disse Lula no Twitter.
O post destacou as seis décadas de trabalho de Léa, em mais de 70 filmes e novelas, “e também teve um papel muito importante como incentivadora para seguidas gerações de artistas negros na nossa cultura. Seu legado, tão reconhecido por todos nós, receberia mais um prêmio em Gramado, onde ela estava quando faleceu, antes de receber essa homenagem. Meus sentimentos aos familiares, amigos e aos fãs de Lea”, prosseguiu o petista.
A primera-dama Janja Lula da Silva também falou sobre a partida da artista: “Grande perda para a arte e a cultura do nosso país. Um abraço apertado e toda solidariedade aos familiares e amigos de Lea Garcia!”, disse.
Léa morreu nesta terça-feira vítima de um infarto. Ela estava em Gramado, no Rio Grande do Sul, para ser homenageada em um dos festivais de cinema mais importantes do país.
A atriz receberia o troféu Oscarito do Festival de Gramado, destinado a grandes artistas, pelo conjunto da obra, ao lado de Laura Cardoso. Léa, inclusive, passou pelo tapete vermelho do evento no final de semana.
Carreira de Léa Garcia
A atriz tinha uma relação particular com Gramado e teve seu trabalho reconhecido na cidade várias vezes. Ela ganhou kikitos com Filhas do Vento (2005), realizado pelo dirtor Joel Zito Araújo com um elenco de atores negros; e com os curtas Acalanto (2012), de Arturo Saboia, baseado num conto de Mia Couto; Hoje Tem Ragu (2008), dirigido por Raul Labancca; e Acúmulo (2018), de Gilson Junior.
Léa Garcia também era roteirista e estava escrevendo adaptações de textos de autores negros, como Cidinha da Silva, Luiz Silva Cuti e Muniz Sodré.