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Lula lamenta assassinato de Mãe Bernadete e manda ministérios à BA

Lula exigiu presença de ministérios na Bahia. Há seis anos, Maria Bernadete Pacífico perdeu o filho, também vítima de um assassinato

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Imagem colorida da Maria Bernadete, de 72 anos, era líder quilombola e yalorixá - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida da Maria Bernadete, de 72 anos, era líder quilombola e yalorixá - Metrópoles - Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou, nesta sexta-feira (18/8), sobre o assassinato da líder do Quilombo Pitanga dos Palmares, Maria Bernadete Pacífico, na Bahia. Há seis anos, Pacífico perdeu o filho, também vítima de um assassinato.

“Com pesar e preocupação, soube do assassinato de Mãe Bernadete, liderança quilombola assassinada a tiros em Salvador. Bernadete Pacífico foi secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial na cidade de Simões Filho e cobrava justiça pelo assassinato do seu filho, também um líder quilombola”, disse Lula em uma publicação.

Lula afirmou ter mandado representantes de ministérios ao estado. “O governo federal, por meio dos ministérios da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos e Cidadania, mandou representantes, e aguardamos a investigação rigorosa do caso. Meus sentimentos aos familiares e amigos de Mãe Bernadete”, prosseguiu.

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Mãe Bernardete foi assassinada dentro de seu terreiro
Mãe Bernardete foi assassinada dentro de seu terreiro
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Maria Bernadete, de 72 anos, era líder quilombola e yalorixá

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Assassinato de Mãe Bernadete

De acordo com informações preliminares, criminosos invadiram o terreiro da yalorixá Mãe Bernadete, fizeram-na de refém, assim como familiares dela, e depois a executaram a tiros. O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, determinou que as polícias Militar e Civil do estado iniciem uma investigação imediatamente.

De acordo com Denildo Rodrigues, da Conaq, lideranças das comunidades quilombolas e terreiros de Simões Filho, na Bahia, recebem constantes ameaças de grupos ligados à especulação imobiliária. “Ela sabia e a Justiça sabia que quem mandou matar Binho estava lá, perto da comunidade. Só que não deu nada. Ela nunca ficou quieta. Agora foi silenciada. Muito triste para nós”, afirmou para a Agência Brasil.

Mãe Bernardete também foi secretária de Promoção da Igualdade Racial de Simões Filho (BA). “A Conaq exige que o Estado brasileiro tome medidas imediatas para a proteção das lideranças do Quilombo de Pitanga de Palmares. É dever do Estado garantir que haja uma investigação célere e eficaz, e que os responsáveis pelos crimes que têm vitimado as lideranças desse quilombo sejam devidamente responsabilizados”, continuou a nota da coordenação.

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