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Lula: “Não acho que a gente tenha problema no Congresso”

Presidente Lula recebe jornalistas nesta terça (23/4), um dia após tecer críticas à articulação política de seus ministros durante evento

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Imagem colorida de presidente Lula em pé segurando microfone em frente à bandeira do Brasil - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de presidente Lula em pé segurando microfone em frente à bandeira do Brasil - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto

Em meio a críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a ministros pelas articulações políticas, o mandatário da República recebeu jornalistas em um café da manhã nesta terça-feira (23/4).

Durante o café da manhã, o petista disse que “a economia em 2024 vai crescer mais do que todos os analistas economistas falaram até agora”. “Vão ficar surpresos com o que vai acontecer com o Brasil nesse tempo”, completou.

“O problema é que tudo aqui no Brasil é visto como gasto. A única coisa que parece investimento é superávit primário.” “Então, eu tenho dito que é preciso contratar alguém para definir o que é gasto e o que é investimento”, afirmou.

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Lula com a expressão séria
Governo Lula vai comprar medicamentos antidepressivos e antipsicóticos para a Presidência
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Questionado sobre a sucessão no Banco Central, o presidente disse ainda não ter decidido se irá antecipar a indicação ou deixá-la para um momento “mais próximo do vencimento do mandato de Roberto Campos”. “Quem já conviveu com ele esse tempo não tem problema em viver mais seis meses”, brincou.

Em seguida, Lula disse não ser movido “pelo mercado, mas pelo povo pobre, pelo povo trabalhador, pela classe média, que é quem paga o imposto de renda”.

Ele também falou sobre os problemas de diálogo com o Congresso e sobre a conversa com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, mas não quis detalhar a reunião.

“Se eu fizesse reunião com Lira e quisesse que a imprensa soubesse, eu comunicaria à imprensa. Quando eu fizer a reunião, eu comunico o assunto, digo o resultado da conversa. Não tive reunião com o Lira, tive uma conversa. Não sou obrigado a dizer”, disse, sorrindo.

E negou que haja problema de diálogo no Parlamento: “Eu, sinceramente, não acho que a gente tenha problema no Congresso. Tem situações, coisas normais da política. Você percebe o milagre que aconteceu neste país. Como aprovamos PEC da Transição antes de assumir a Presidência? Comecei a governar antes de tomar posse”, respondeu.

O chefe do Executivo também confirmou estar articulando uma reunião com o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para esta semana.

Veja como foi:

Lula quer aliado como relator da reforma tributária

Um dos assuntos que mais trouxe perguntas para o café da manhã foi o diálogo com o Congresso. Há expectativa de que integrantes do governo e parlamentares conversem intensamente nos próximos dias para evitar derrotas fiscais no órgão.

A Câmara dos Deputados e o Senado Federal analisam nesta semana diferentes projetos que podem impactar os cofres da União, como a regulamentação da reforma tributária. A ideia de Lula era manter os relatores da PEC aprovada sobre o assunto.

“Fechamos a proposta final da reforma tributária e vamos levá-la de acordo com o governo; quando chegar à Câmara, pode ser mudada. O que seria ideal, nos interesses da Fazenda, é que você tivesse o mesmo relator. O cara já está familiarizado, poderia ganhar tempo. Mas longe de mim indicar relator, é papel do presidente da Câmara.”

Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), aliado do governo, foi o relator da reforma tributária na Câmara. Arthur Lira ainda não definiu se vai mantê-lo. Já no Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) decidiu que Eduardo Braga (MDB-AM) segue como relator.

O presidente também foi perguntado sobre a Petrobras e o suposto processo de fritura de Jean Prates, presidente da estatal.

“Não vejo problema na Petrobras. Divergência faz parte da existência do ser humano. Nem sempre a boca fala somente as coisas que são boas. Uma palavra mal colocada gera uma semana de especulações. A Petrobras está tranquila”, garantiu.

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