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Lula indica saída de Silvio Almeida: “Não é possível a continuidade”

Para Lula, é possível que Silvio Almeida não permaneça no governo. Metrópoles revelou que mulheres acusam ministro de assédio sexual

atualizado

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Marcelo Camargo/Agência Brasil
Lula e ministro Silvio Almeida
1 de 1 Lula e ministro Silvio Almeida - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em entrevista à Rádio Difusora Goiana, nesta sexta-feira (6/9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que, pela prioridade que ele tem demonstrado em relação às mulheres, não tem certeza da permanência do ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos, no governo.

O ministro é acusado de ter assediado sexualmente mulheres que trabalham na administração federal, incluindo a ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial, conforme denúncia da coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles.

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Ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida
Antes de ser demitido, Silvio Almeida foi alvo da oposição, que queria o seu impeachment
Silvio Almeida continua a negar as acusações
Silvio Almeida e Anielle Franco
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Ela acusa o ex-ministro Silvio Almeida de ter cometido assédio

Divulgação/Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania
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Ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida

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Antes de ser demitido, Silvio Almeida foi alvo da oposição, que queria o seu impeachment

Hugo Barreto/Metrópoles
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Agência Brasil
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Silvio Almeida continua a negar as acusações

Agência Brasil
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Silvio Almeida e Anielle Franco

Divulgação/Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania

“Eu estou em uma briga danada contra a violência contra mulheres. Meu governo tem a prioridade de fazer com que as mulheres se transformem em uma parte importante na política nacional. Então, eu não posso permitir que tenha assédio”, apontou.

E garantiu que deve haver uma apuração correta. “Mas acho que não é possível a continuidade [do ministro] no governo, porque o governo não vai fazer jus ao seu discurso com alguém que seja acusado de assédio”, afirmou o presidente.

Lula fará reunião sobre o assunto

Lula também adiantou que fará reunião com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski; o advogado-geral da União, Jorge Messias; e o controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, nesta sexta, para falar sobre as acusações de assédio.

Almeida foi denunciado à organização Me Too Brasil por supostos episódios de assédio sexual contra mulheres. A coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, trouxe à nota o assunto.

O Me Too Brasil, que acolhe vítimas de violência sexual, confirmou à coluna ter sido procurado por mulheres que relataram supostos episódios de assédio sexual praticados pelo ministro, inclusive pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, além de outras mulheres.

Apoio de Janja a Anielle

Durante a entrevista, o presidente fez referência a publicação de uma foto nas redes sociais da primeira-dama Janja da Silva, que aparecia abraçando e beijando a ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial, uma das supostas vítimas de assédio sexual do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida.

“O motivo da foto da Janja com a Anielle é a demonstração inequívoca de que as mulheres estão com as mulheres. E é o normal. Nenhuma mulher é favorável a alguém denunciado por assédio”, afirmou.

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