Lula condena explosão em hospital de Gaza: “Tragédia injustificável”
Lula escreveu sobre explosão que matou pelo menos 500 pessoas no hospital al-Ahli Arab, em Gaza. Israel nega autoria do ataque
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) condenou, nesta quarta-feira (18/10), o ataque a um hospital na Faixa de Gaza que vitimou centenas de civis. Em meio a disputa de versões, o chefe do Executivo federal chamou o episódio de “tragédia injustificável”, e reforçou o pedido por ajuda humanitária na região, além de um cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
“O ataque ao Hospital Baptista Al-Ahli é uma tragédia injustificável. Guerras não fazem nenhum sentido. Vidas perdidas para sempre. Hospitais, casas, escolas, construídas com tanto sacrifício destruídas em instantes. Refaço este apelo. Os inocentes não podem pagar pela insanidade da guerra”, escreveu Lula.
Ao menos 50o pessoas morreram em um suposto bombardeio contra um hospital na Faixa de Gaza, nesta terça-feira (17/10), segundo palestinos. O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, decretou luto de três dias em homenagem às vítimas.
Após ser acusado por autoridades palestinas, o governo de Israel negou a autoria do ataque, e atribuiu o bombardeio a uma tentativa fracassada da organização Jihad Islâmica Palestina. O grupo também nega responsabilidade pela tragédia.
Na publicação, Lula repostou publicação anterior, e reforçou apelo por ajuda humanitária e atenção aos milhares de civis mortos na guerra. “É urgente uma intervenção humanitária internacional. É urgente um cessar fogo em defesa das crianças israelenses e palestinas”.
Veja o post:
Guerra de versões sobre assunto comentado por Lula
Acusado por autoridades palestinas de ser responsável pela tragédia, o governo de Israel publicou uma nota oficial informando que não se responsabiliza pelo ataque. Segundo informações de inteligência israelenses, o bombardeio teria sido, na verdade, um lançamento “fracassado” da organização Jihad Islâmica Palestina.
“A partir da análise dos sistemas operacionais das FDI, foi lançada uma barragem de foguetes inimigos em direção a Israel que passou nas proximidades do hospital, quando este foi atingido”, diz o texto.
A mensagem prossegue: “De acordo com informações de inteligência, provenientes de diversas fontes de que dispomos, a organização terrorista Jihad Islâmica é responsável pelo tiroteio fracassado que atingiu o hospital”.
A Jihad é uma organização militante que desempenha importante papel no conflito entre Israel e Palestina. Fundada na década de 1980, ela é conhecida pela postura radical e pelas ligações estreitas com o Irã.
O grupo islâmico, aliado do Hamas, também nega qualquer responsabilidade. Daoud Shehab, um porta-voz da organização, afirmou em entrevista ao jornal norte-americano New York Times que não houve ações do braço armado do grupo na região.