metropoles.com

Lula chama guerra de genocídio e compara crise no Rio à Faixa de Gaza

Presidente Lula falou sobre guerra entre Israel e Hamas, no Oriente Médio, em evento com governadores e prefeitos

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto
imagem colorida Lula no Planalto - metrópoles
1 de 1 imagem colorida Lula no Planalto - metrópoles - Foto: <p>Hugo Barreto/Metrópoles<br /> @hugobarretophoto</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div> </p>

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu que o conflito no Oriente Médio, entre Israel e o grupo fundamentalista Hamas, não se trata de uma guerra, e sim de um “genocídio”. O chefe do Executivo federal voltou a criticar a morte de crianças e outros inocentes em decorrência dos bombardeios, em discurso nesta quarta-feira (25/10).

“É muito grave o que está acontecendo neste momento no Oriente Médio. Não se trata de ficar discutindo quem está certo ou errado, quem deu o primeiro tiro, ou o segundo. O problema é o seguinte: não é uma guerra, é um genocídio que já matou quase 2 mil crianças, que não tem nada a ver com essa guerra, que são vítimas dessa guerra”, frisou Lula.

“Sinceramente, eu não sei como o ser humano é capaz de guerrear, sabendo que o resultado dessa guerra é a morte de crianças e inocentes. É um momento difícil”, seguiu.

4 imagens
Lula comenta ataques de Israel à Faixa de Gaza
Presidente Lula
Lula discursa na ONU
1 de 4

Lula e Alckmin no Planalto

Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto
2 de 4

Lula comenta ataques de Israel à Faixa de Gaza

Reprodução
3 de 4

Presidente Lula

Hugo Barreto/Metrópoles
4 de 4

Lula discursa na ONU

Ricardo Stuckert/PR

A fala de Lula ocorreu durante evento com governadores e prefeitos no Palácio do Planalto, para instituir o Conselho da Federação. O órgão foi criado para reunir governo federal, estadual e distrital, além de outras instituições municipalistas, com objetivo de traçar prioridades e resolver desafios comuns. Clique aqui para ver o discurso.

Antes de iniciar a fala desta quarta (25), o petista explicou que faria um pronunciamento breve devido a uma ligação prevista com o emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani, na tentativa de conseguir apoio diplomático para retirar um grupo de brasileiros presos na Faixa de Gaza, epicentro do conflito.

Desde o início da guerra no Oriente Médio, o presidente tem pedido cessar-fogo e a abertura de corredor humanitário para a retirada de civis da zona de embate. Nessa terça-feira (24), Lula chamou o ataque do Hamas de terrorista, mas afirmou que o atentado não justifica a ação de Israel que provocou a morte de “milhões de civis”.

Lula critica reação de Israel contra palestinos e “morte de milhões”

Lula compara Rio e Faixa de Gaza

Falando aos governadores, prefeitos e outros líderes reunidos, o chefe do Executivo frisou ainda que os desafios que as regiões e os estados do país enfrentam não são problemas pontuais, mas questões que impactam em todo o território brasileiro.

“Vivemos um momento em que o problema da seca no Amazonas não é um problema só dos estados da Amazônia, do Amazonas, do Amapá, do Acre. É um problema do Brasil”, declarou.

Nesse sentido, o petista citou especificamente a crise de segurança pública no Rio de Janeiro, e comparou a escalada de violência e a queima de veículos na capital fluminense à Faixa de Gaza.

“O problema da violência no Rio de Janeiro, era muito fácil eu ficar vendo aquelas cenas que ontem apareciam na televisão, que parecia a própria Faixa de Gaza de tanto fogo, tanta fumaça, e dizer que é um problema do Rio de Janeiro, do Eduardo Paes, do governador. Não. É um problema do Brasil”, frisou.

Na última segunda-feira (23/10), 35 ônibus e um trem foram queimados na cidade do Rio em represália à morte do miliciano Matheus Rezende pela Polícia Civil. O sindicato das empresas de ônibus da cidade, Rio Ônibus, estima que o prejuízo do ataque aos coletivos possa chegar a R$ 35 milhões.

Ele seguiu: “É um problema nosso, que temos que encontrar a solução”. Segundo Lula, “cabe ao governo federal estar inteirado disso e compartilhar uma solução para este problema”.

Visita a Brasília

Nesta quarta-feira (25), o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), está em Brasília para uma série de agendas. A participação dele no evento do Conselho da Federação, no Palácio do Planalto, chegou a ser anunciada pela assessoria do governo, mas Castro não compareceu à solenidade com o presidente da República.

Segundo a equipe do governador, ele teve um imprevisto e atrasou a chegada à capital federal. Mais tarde, ele tem reuniões previstas com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Defesa, José Múcio.

Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, enviou seu número 2, Ricardo Cappelli, ao Rio para averiguar a situação. Dino viajará a Assunção, no Paraguai, nos dias 26 e 27 de outubro para uma reunião com ministros da Justiça e um evento contra o crime organizado.

Em meio à crise, a segurança pública no Rio foi reforçada com a ajuda da Polícia Federal, 300 agentes da Força Nacional e 86 viaturas.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?