“Lula gosta mesmo é de viajar pelo Brasil”, diz Pimenta
Ministro criticou o governo Bolsonaro por ter tornado o Brasil em “pária” no exterior e argumentou que coube a Lula reparar a imagem do país
atualizado
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O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, reafirmou o compromisso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de viajar pelo Brasil em 2024, após uma intensa agenda externa em 2023. Para o titular, as viagens internacionais do chefe do Executivo foram uma “imposição” para reparar a imagem do país.
“Lula gosta mesmo é de viajar pelo Brasil”, disse o ministro em entrevista ao UOL News. Nos próximos meses, o governo vai “mergulhar no Brasil”.
Segundo Pimenta, a atenção do presidente ao cenário internacional “foi mais uma imposição” depois do governo de Jair Bolsonaro (PL). “Bolsonaro fez com que o Brasil fosse tratado como pária, se vangloriava nos fóruns internacionais que não tinha se vacinado, era seu cartão de apresentação”.
“Depois ficamos sabendo que até o cartão era rasurado, se apresentava como se fosse uma grande virtude”, afirmou, em referência a um suposto esquema de fraude das carteiras de vacinação da família do ex-presidente, que resultou na prisão temporária do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
Lula afirmou que precisou “reconstruir” a imagem do país no exterior e fez críticas parecidas à gestão Bolsonaro.
Pimenta ainda citou a Presidência do Brasil no G20, a liderança no Mercosul e a participação nas aberturas de Assembleias da Organização das Nações Unidas (ONU) para dizer que o país tem uma “agenda internacional intensa e necessária”.
Lula nas eleições municipais e obras
Em ano de eleições municipais, o presidente estará mais atento a questões internas. Na conferência do PT de dezembro, em Brasília, Lula se dispôs a ser um “bom cabo eleitoral” e sugeriu a conciliação entre partidos para maiores chances de candidatos eleitos.
Outro interesse do chefe do Executivo ao cruzar o Brasil é fiscalizar obras, em especial o andamento das financiadas pelo Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), criado pelo governo dele.