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Lula garante Nísia Trindade no cargo e piso retroativo para enfermagem

Lula falou na 17ª Conferência Nacional de Saúde. Antes, reuniu-se com a ministra Nísia Trindade para discutir piso nacional da enfermagem

atualizado

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Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado da primeira-dama, janja Lula da Silva, da ministra da Saúde, Nísia Trindade e de outras autoridades, participa da 17ª Conferência Nacional de Saúde
1 de 1 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado da primeira-dama, janja Lula da Silva, da ministra da Saúde, Nísia Trindade e de outras autoridades, participa da 17ª Conferência Nacional de Saúde - Foto: Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta quarta-feira (5/7), que a ministra da Saúde, Nísia Trindade, está garantida no cargo. Também afirmou que o Sistema Único de Saúde (SUS) pagará o retroativo do piso nacional da enfermagem desde maio deste ano.

Lula discursou na 17ª Conferência Nacional de Saúde, que acontece em Brasília e tem como mote a retomada da participação popular na construção de políticas públicas do Sistema Único de Saúde (SUS).

Antes do evento, Lula se reuniu no Palácio da Alvorada com os ministros Nísia Trindade, da Saúde, e Alexandre Padilha, das Relações Institucionais. Na pauta estava o piso salarial da enfermagem, que foi aprovado ainda no governo passado, mas ficou emperrado por decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e por restrições orçamentárias.

Nas últimas semanas, o impasse provocou greves da categoria pelo Brasil, inclusive no Distrito Federal.

As greves começaram a ser desmobilizadas após os ministros do STF decidirem que o poder público deve pagar os reajustes previstos em lei. O Supremo determinou, ainda, que, no caso dos enfermeiros de instituições privadas, deve haver negociação e que a implementação do piso nacional da enfermagem deve ser paga se, após 60 dias de negociação sindical coletiva entre patrões e funcionários, não houver acordo.

“Enfermagem não é um trabalho menor”, disse Lula, no evento. “Quem vai limpar as pessoas, quem leva no banheiro, quem dá injeção é exatamente o pessoal de baixo, que trabalha muito. Por isso tem que ser valorizado. A companheira Nísia tomou a decisão: ela vai pagar o piso, vai pagar o atrasado desde maio, e mais o décimo terceiro”, completou Lula.

Nísia garantida

Nesse momento, o presidente também garantiu a ministra no cargo.

“Na semana passada, eu liguei para a Nísia”, disse Lula. “Eu tinha lido uma nota no jornal, de que tinha alguém reivindicando o Ministério da Saúde. Eu fiz questão de ligar pra Nísia, porque eu ia viajar para fora do Brasil. Eu disse ‘Nísia, vá dormir e acorde tranquila, porque o Ministério da Saúde é do Lula, foi escolhido por mim e ficará até quando eu quiser'”, apontou.

Lula aproveitou para elogiar a chefe da pasta da Saúde. “Eu tenho certeza que poucas vezes na vida a gente teve a chance de ter uma mulher no Ministério da Saúde, para cuidar do povo com o coração, como uma mãe cuida de seus filhos. Eu tive muita sorte com meus ministros da Saúde, mas precisou uma mulher pra fazer mais e melhor do que fomos capazes de fazer”, discursou o presidente.

Veja o vídeo:

Conferência com tom político

Com a presença de milhares de apoiadores de Lula e de seu governo, a 17ª Conferência Nacional de Saúde ocorre em forte tom político. O público, em vários momentos, gritou o nome do presidente e slogans ligados a ele.

A ministra Nísia Trindade também foi muito celebrada pelos presentes e citada por autoridades que discursaram antes de Lula. Como o Metrópoles revelou ainda em maio, o grupo político do presidente da Câmara, Arthur Lira, tem pressionado o governo Lula para colocar um aliado na cadeira de Nísia.

Até o momento, porém, Lula tem prestigiado sua ministra da Saúde e a presença dele no evento desta quarta é mais um sinal disso.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também foi lembrado diversas vezes pelo público do evento, mas de maneira negativa. Em vários momentos, ouviu-se os presentes cantando “inelegível” em coro, uma referência ao julgamento do Tribunal Superior Eleitoral que limitou os direitos políticos de Bolsonaro por oito anos por abuso de poder político enquanto ocupava o cargo e visava à reeleição.

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