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Lula fala de fome e critica “bilhões de dólares” usados em guerras

Presidente Lula discursou na Segunda Cúpula Virtual Vozes do Sul Global e, na ocasião, abordou temas relacionados à questão climática

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Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, reuniu os ministros na manhã desta sexta para uma reunião com foco em ações de infraestrutura offshore
1 de 1 O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, reuniu os ministros na manhã desta sexta para uma reunião com foco em ações de infraestrutura offshore - Foto: <p>Hugo Barreto/Metrópoles<br /> @hugobarretophoto</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div> </p><div class=""><div id="teads-ad-1"></div><script type="text/javascript" class="teads" async="true" src="//a.teads.tv/page/68267/tag"></script> </div></p><div class="m-wrapper-banner-video"><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div></div></p>

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a manutenção das guerras pelo mundo e o gasto de dinheiro com elas, sob o argumento de que esses valores poderiam ser investidos em questões como o combate à fome. O pronunciamento ocorreu na 2ª Cúpula Virtual Vozes do Sul Global, nesta sexta-feira (17/11).

Lula clamou pelo fim das desigualdades entre as partes norte e sul do mundo. “Caso contrário, o abismo entre países ricos e pobres só irá crescer. Falharemos com as milhões de pessoas que passam fome no mundo, enquanto bilhões de dólares são gastos para travar guerras.”

O petista elogiou o trabalho do Brasil na Presidência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). O país liderou o comitê em outubro, quando reiniciou o conflito armado entre Israel e o grupo extremista Hamas, da Palestina.

O presidente criticou o direito a veto de alguns membros do conselho. Os Estados Unidos têm essa prerrogativa e, dessa forma, derrubaram a proposta brasileira de resolução da guerra no Oriente Médio, apesar de ter 12 de 15 votos favoráveis ao texto.

“As soluções são reiteradamente frustradas pelo direito de veto. Precisamos resgatar a confiança no multilateralismo. Precisamos recuperar nossas melhores tradições humanistas. Nada justifica que as principais vítimas dos conflitos sejam mulheres e crianças”, disse Lula.

Ao falar da falta de equidade, o petista citou o “apartheid de vacinas que vimos na pandemia de Covid-19”, quando alguns países ricos acessaram ao imunizante antes de nações no sul global, e o grave efeito das mudanças climáticas, “mesmo que não tenhamos sido, historicamente, os maiores responsáveis pelas emissões de gases do efeito estufa”.

Lula critica a ONU

Na terça-feira (14/11), Lula teceu críticas à atuação da ONU no conflito armado de Israel e Hamas. “O Brasil vai continuar brigando pela paz. É inadmissível não ter encontrado uma solução para isso”, declarou durante o programa Conversa com o Presidente.

O petista manifestou-se, novamente, contra o direito ao veto no Conselho de Segurança. “É incompreensível, e, por isso, brigamos para mudar a ONU. A ONU de 1945 não vale mais nada em 2023″, disse, após elogiar a atuação de Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, no comitê.

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