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Lula fala em “semana mais importante da história”

Campanha do candidato petista à Presidência da República promoveu ato em Defesa da Democracia e do Brasil em São Paulo

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Fernando Haddad e Janja fazem o L de Lula com as mãos durante evento em são paulo
1 de 1 Fernando Haddad e Janja fazem o L de Lula com as mãos durante evento em são paulo - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo –  Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve à frente na noite desta segunda-feira (24/10) de um evento no Teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (Tuca), na capital paulista. A campanha do candidato petista à Presidência da República chamou a agenda de ato em Defesa da Democracia e do Brasil.

“Possivelmente, esta é a semana mais importante da nossa história. É uma semana que se em algum momento alguém teve dúvida da importância de reconquistar e praticar a democracia, não pode mais ter dúvida. Uma semana decisiva”, afirmou Lula.

O ex-presidente afirmou que o país precisa ter estabilidade e que o seu adversário na disputa pelo Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro (PL), não consegue oferecer isso. “Ninguém pode acordar de manhã com novidades, com surpresas. As coisas precisam ser decididas à luz do dia”, falou o petista.

Lula continuou sua fala no Tuca: “A gente ter que ter consciência que é agora ou a gente vai se arrepender pelo resto da vida. Eu nunca imaginei que nós iríamos ter o retrocesso que tivemos”.

O candidato à Presidência pediu votos para ele e para o postulante ao governo de São Paulo Fernando Haddad (PT): “Para que no domingo, às 18h, a gente vá para a [Avenida] Paulista comemorar a minha eleição e a do Haddad”.

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Lula e Janja em evento no Tuca, em São Paulo
Ana Estela Haddad, Fernando Haddad, Lula e Janja
Fernando Haddad, Lula, e Janja em ato da campanha petista
Além de Haddad, Lula e Janja, estavam artistas, políticos e intelectuais
A campanha chamou a agenda de ato em Defesa da Democracia e do Brasil
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Lula e Janja no Teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (Tuca)

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Lula e Janja em evento no Tuca, em São Paulo

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Além de Haddad, Lula e Janja, estavam artistas, políticos e intelectuais

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A campanha chamou a agenda de ato em Defesa da Democracia e do Brasil

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Joaquim Barbosa

A presença do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa era esperada no comício. No entanto, apenas um vídeo enviado pelo ex-magistrado foi exibido no evento.

“Eu alertei os brasileiros de que Jair Bolsonaro seria uma péssima escolha para a Presidência da República. Bolsonaro não é um homem sério, não serve para governar um país como o nosso. Não tem dignidade para ocupar um cargo dessa relevância. Nas grandes democracias, ele é visto como um ser humano desprezível a ser evitado”, disse Barbosa na gravação.

Ato no Tuca

O palco do comício foi composto por nomes como a atriz Denise Fraga, o ex-ministro da Justiça José Gregori (PSDB), o advogado Kakay, os comentaristas esportivos Juca Kfouri e Walter Casagrande, a ex-ministra da Cultura e do Turismo Marta Suplicy (MDB) e o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB).

Também passaram pelo palco do ato nomes que já estão fazendo campanha com Lula como Simone Tebet (MDB), Fernando Haddad (PT), Márcio França (PSB) e Marina Silva (Rede).

O evento foi apresentado pela atriz apresentadora Monica Iozzi e pela artista e ativista Preta Ferreira.

“A PUC tem uma longa história de receber os candidatos e essa é mais uma ocasião. Mas eu queria dizer que uma simbologia das campanhas ao escolher este teatro e esta universidade para começar a última semana de uma campanha unida é uma simbologia única. O outro lado não pode entrar numa universidade. Não tem como vir numa universidade”, afirmou Maria Amalia, reitora da PUC-SP.

Dilma Rousseff também fez comício no Tuca em 2010 e acabou sendo eleita presidente do Brasil naquele pleito.

“Esse é um momento histórico. Este foi o palco da PUC da década de 70 quando a polícia da ditadura invadiu a Pontifícia Universitária Católica. Quase um século depois nós estamos aqui de novo para defender a democracia daqueles meninos, meninas, jovens da década de 70”, disse Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice-presidente.

“Sova nas urnas eletrônicas”

A deputada federal eleita Marina Silva (Rede) fez um discurso enérgico no ato de campanha de Lula. A ex-ministra do Meio Ambiente afirmou que Bolsonaro “incita o ódio pelas mulheres”. Marina ainda celebrou o apoio da ex-presidenciável Simone Tebet (MDB).

“O lado de lá está desesperado. Mas o desespero vai aumentar no dia 30. Porque a urna eletrônica vai dar um banho de sova mesmo no Bolsonaro. Vamos trabalhar, eu me declarei estado permanente de campanha”, disse a ex-senadora.

Marina não mencionou diretamente a repercussão sobre o ex-deputado bolsonarista Roberto Jefferson (PTB) ter atirado em policiais federais, mas falou várias vezes sobre “risco que a democracia corre” com o “outro lado”.

“Enquanto o outro lado está com muita dor de cabeça, estamos em festa. Plantou ventos, vai colher tempestade. Nesse momento, eles estão colhendo as tempestades”, afirmou a deputada eleita.

Fala da marquise da PUC-SP

Da marquise do local onde aconteceu o evento, Lula falou sobre cidades, incluindo a capital paulista, que aprovaram a gratuidade do transporte público no dia da votação no segundo turno. Lula ainda pediu o voto dos eleitores que não compareceram nas urnas no primeiro turno.

“Essa eleição significa a luta da democracia contra a barbárie” disse Lula. “Nós precisamos convencer as pessoas a irem votar pelo bem da democracia”, continuo o candidato à presidente.

Haddad aproveitou o momento para criticar a proposta do seu adversário de tirar a câmera dos uniformes de policiais.

“Aqui é a sacada da sorte, a sacada da virada, é a sacada que vai mandar Bolsonaro para casa, que vai mandar Tarcísio de Freitas para o Rio de Janeiro. Eu já me comprometi a pagar o Uber para ele voltar para o Rio de Janeiro. Aqui não é lugar de miliciano”, falou o candidato petista ao governo de São Paulo.

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