Lula: Exército tem que servir ao Brasil e não puxar saco de Bolsonaro
Em evento na UERJ nesta quarta (30/3), Lula, Dilma e outros petistas discutiram democracia e igualdade
atualizado
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Rio de Janeiro – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de um evento na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), na tarde desta quarta-feira (30/3). Na ocasião, o provável candidato à Presidência debateu democracia e igualdade.
Também estavam presentes a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, o presidente da Fundação Perseu Abramo, Aloízio Mercadante, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), André Ceciliano, e o deputado e pré-candidato ao governo do Rio Marcelo Freixo (PSB).
Para cerca de 5 mil pessoas presentes, o petista criticou a gestão de Jair Bolsonaro (PL) e o chamou de “boçal”. “O Exército tem que servir o Brasil e não ficar puxando saco de Bolsonaro. Nosso país não é desse fascista”, disparou.
As críticas ao atual presidente foram extensas, e Lula tratou da questão da fome no país. “Não é falta de carne, de arroz, de feijão, de soja, é falta de vergonha na cara das pessoas que governam esse país. Eles têm uma solução fácil: ‘Vamos vender Petrobras, a BR, gasoduto, os Correios, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, o BNDES’. Porque, como eles não sabem governar, só querem vender o que está pronto. É como se você casasse e seu marido, ao invés de trabalhar, falasse ‘amor, vamos vender a geladeira'”, disse o petista.
Lula ainda tratou de política internacional, referindo-se a Vladmir Putin, presidente da Rússia, e Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, e brincou: “Parem de guerra, o povo quer paz, o povo precisa de paz. A quem interessa essa guerra? Aqui no Brasil, a gente conversaria com cerveja numa mesa de bar. Se não fosse na primeira seria na segunda ou até a caixa acabar”.
Ao fim, Lula bradou: “Esperem que nós vamos voltar! E quando a gente voltar, vamos tratar de abrasileirar o preço das coisas. Nós venceremos!”
O evento, intitulado Encontro Internacional Democracia e Igualdade – Para um novo modelo solidário de desenvolvimento, chegou a ser questionado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo deputado estadual Alexandre Freitas (Podemos), que afirmou que se trataria de um “comício”. Entretanto, o tribunal negou o pedido de suspensão.